A variante XEC da Covid-19, um dos desdobramentos da ômicron, chamou a atenção dos cientistas no outono de 2024. Sua origem é atribuída à recombinação, um processo que combina o material genético de outras variantes do SARS-CoV-2. Inicialmente, a XEC parecia capaz de escapar da imunidade gerada por vacinas ou infecções anteriores. No entanto, a experiência real demonstrou um cenário menos alarmante.
Estudos realizados por especialistas, como o professor Kei Sato, da Universidade de Tóquio, indicaram que a proteína spike dessa variante difere significativamente das anteriores, o que levou à preocupação inicial. Apesar disso, os índices de hospitalização por covid-19 na estação foram consideravelmente menores em relação aos anos anteriores, indicando que o impacto da XEC tem sido mais brando.
Por que os casos graves de covid-19 estão diminuindo?
De acordo com especialistas, um dos motivos para a queda nos casos graves é a memória imunológica desenvolvida pela maioria da população. Vacinas e infecções repetidas ensinaram ao sistema imunológico como combater eficientemente o SARS-CoV-2. Isso explica por que, mesmo com altos níveis do vírus em amostras encontradas, as hospitalizações permanecem baixas.
Ademais, é importante destacar que as novas subvariantes da ômicron, incluindo a XEC, têm se concentrado em afetar o trato respiratório superior, causando sintomas mais leves, como os de um resfriado comum. Ainda assim, grupos vulneráveis, como idosos e imunocomprometidos, continuam mais suscetíveis a quadros graves.
Vacinas continuam sendo uma ferramenta essencial
Apesar da aparente redução na gravidade dos casos, a vacinação segue como um fator crucial para proteger contra a covid-19. Dados mostram que apenas 21,5% dos adultos e 10,6% das crianças nos Estados Unidos receberam a vacina mais recente. Essa adesão reduzida é preocupante, pois garante uma barreira contra formas graves da doença e hospitalizações.
Os especialistas alertam que o vírus continua evoluindo, e novas variantes podem surgir. Portanto, proteger-se agora é essencial para evitar complicações futuras e reduzir o risco de desenvolver a covid longa, uma condição que ainda pode afetar a qualidade de vida de muitas pessoas.
O que esperar da covid-19 no futuro?
Segundo virologistas, como Marc Johnson, da Universidade de Missouri, o SARS-CoV-2 deve se tornar mais semelhante a outros vírus respiratórios com o tempo. Isso significa que a covid-19 pode se integrar à rotina, causando sintomas cada vez mais leves na maioria das pessoas.
Pandemias anteriores de coronavírus comprovam essa tendência. Embora a situação atual seja animadora, é importante não baixar a guarda e manter a vigilância. A pandemia mostrou como o vírus pode surpreender, e medidas preventivas continuam sendo indispensáveis para proteger a saúde coletiva.
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