Rayssa Leal, do skate, Willian Lima e Larissa Pimenta, ambos do judô, foram os primeiros brasileiros a conquistar medalhas em Paris. Porém, a conquista vai além do mérito esportivo e sentimental — entra também no financeiro. Afinal, quanto ganha por medalha nas Olimpíadas?
Inicialmente, é necessário destacar que a premiação não é oferecida pelo Comite Olímpico Internacional (COI), que organiza a competição. O incentivo financeiro é disponibilizado de maneira individual pelas confederações de cada país.
No caso do esporte nacional, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) é quem vai premiar os atletas medalhistas. A bonificação é igualitária entre homens e mulheres, mas há diferenças entre esportes individuais, coletivos (de 2 a 6 atletas) e coletivos (7 ou mais atletas).
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Esportes individuais:
- Ouro: R$ 350 mil
- Prata: R$ 210 mil
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Prata: R$ 140 mil
- Esportes coletivos (de 2 a 6 atletas):
- Ouro: R$ 700 mil
- Prata: R$ 420 mil
- Bronze: R$ 280 mil
- Esportes coletivos (7 ou mais atletas):
- Ouro: R$ 1,5 milhão
- Prata: R$ 630 mil
- Bronze: R$ 420 mil
A divisão dos esportes coletivos é feita de maneira igualitária entre todos os atletas, independe da posição, seja titular ou reserva.
O investimento total esperado para premiar os atletas brasileiros que conquistarem medalhas nas Olimpíadas de Paris é de 7,2 milhões. Segundo a própria entidade, o aumento em relação à premiação concedida durante os Jogos Olímpicos de Tóquio foi de 40%.
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Algumas confederações específicas de cada esporte também oferecem bonificações extras. A World Athletics, de atletismo, vai premiar os vencedores da modalidade com 50 mil dólares (cerca de R$ 277 mil). A expectativa para os jogos de Los Angeles, em 2028, é também premiar o 2º e 3º colocados.
Já no boxe, todos os atletas que chegam ao pódio serão premiados pela Associação Internacional de Boxe (IBA). A federação disponibiliza US$ 100 mil aos medalhistas de ouro (metade para o boxeador e o restante dividido igualmente entre a Federação Nacional e o treinador). Para os vice-campeões, US$ 50 mil; os terceiros recebem US$ 25 mil — também divididos em 50/25/25.
Além das medalhas e da compensação financeira, os atletas também recebem um presente adicional na subida ao pódio: uma caixa de cerca de 40cm. Nela, há o pôster oficial do evento, desenhado pelo artista Ugo Gattoni. Após a cerimônia, os atletas recebem a Phryges, mascote da edição, na cor da medalha com a palavra “bravo”, em francês, bordado.
E os outros países?
O valor pago pelo COB aos medalhistas de ouro do país é o 15º maior das Olimpíadas de Paris, conforme levantamento do USA Today. Quem lidera o ranking é a Sérvia, que premia o lugar mais alto do pódio nos Jogos de Olímpicos com US$ 214,9 mil (cerca de R$ 1,2 mi).
Enquanto isso, os Estados Unidos, frequentemente no topo do quadro de medalhas, fica em 18ª. Confira a lista completa:
- Sérvia – US$ 214.900 (cerca de R$ 1.175.00)
- Malásia – US$ 212.180 (cerca de R$ 1.160.00)
- Marrocos – US$ 200.525 (cerca de R$ 1.096.150)
- Itália – US$ 193.410 (cerca de R$ 1.057.256)
- Lituânia – US$ 180.188 (cerca de R$ 984.980)
- Hungria – US$ 155.000 (cerca de R$ 847.290)
- Ucrânia – US$ 125.000 (cerca de R$ 683.300)
- Kosovo – US$ 107.450 (cerca de R$ 587.365)
- Espanha – US$ 101.003 (cerca de R$ 552.123)
- Grécia – US$ 96.705 (cerca de R$ 528.628)
- França – US$ 85.960 (cerca de R$ 469.892)
- Eslovênia – US$ 75.215 (cerca de R$ 411.155)
- Polônia – US$ 64.958 (cerca de R$ 355.086)
- Eslováquia – US$ 64.470 (cerca de R$ 352.419)
- Brasil – US$ 62.662 (R$ 350.000)
- Suíça – US$ 55.449 (cerca de R$ 303.106)
- Finlândia – US$ 53.725 (cerca de R$ 293.682)
- Estados Unidos – US$ 37.500 (cerca de R$ 204.990)
- Liechtenstein – US$ 27.725 (cerca de R$ 151.556)
- Alemanha – US$ 21.490 (cerca de R$ 117.473)
Além desse, há àqueles que não destinam nenhuma quantia extra pelas medalhas de seus atletas. É o caso de Reino Unido, Noruega, Suécia e Nova Zelândia.
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