Maíra Cardi compartilhou com seus seguidores que decidiu preservar a filha da exposição na internet. Sophia, de apenas cinco anos, recebeu um diagnóstico delicado, e a influenciadora digital desativou o perfil da criança nas redes sociais.
“Acredito que certas coisas da nossa vida precisam ser blindadas”, disse a empresária. Maíra relatou que Sophia foi infectada por uma bactéria na língua, revelando um problema de saúde sério.
AnaMaria conversou com Cristiane Adami, médica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, especializada em patologias, e ela explica que pais e mães precisam redobrar a atenção com a criançada neste momento.
Especialmente na faixa etária entre 5 e 15 anos, é importante ter atenção a certos aspectos, como dor ao engolir, presença de pus na garganta, aumento dos gânglios nessa região, febre e desconforto. Esses podem ser indicativos iniciais de infecção por estreptococos beta-hemolítico do grupo A, que é o agente causador da escarlatina. Em princípio, esse tipo de doença se caracteriza justamente pela inflamação da faringe e amígdala, destaca.
Sintomas e diagnóstico da escarlatina
Quando em estágio mais avançado, a médica explica que o quadro clínico da escarlatina também se notabiliza por alterações na pele, com aparecimento de manchas de tom rosado e textura de lixa, além de mudança no tom da cor da língua, que fica mais avermelhada e com as papilas ampliadas.
O ideal é que os pais se antecipem a isso, tendo em vista que a infecção por estreptococos tem potencial de danos bem maiores quando não tratada, inclusive levando pacientes a óbito. É uma bactéria bastante nociva e que está presente em qualquer ambiente, observa a especialista, que reforça a importância da avaliação clínica tão logo os sintomas sejam identificados.
Geralmente, de início, os pais ignoram as queixas das crianças por pensarem se tratar de algo comum, que pode ser facilmente tratado em casa. Só depois que o caso evolui é que procuram ajuda profissional.
Um diferencial importante que, segundo Cristiane, é válido os pais observarem é se há presença de coriza, tosse e congestão nasal, associada à dor de garganta. Caso afirmativo, essas características, em tese, afastam a possibilidade de diagnóstico de escarlatina.
“Trata-se de um bom sinal, pois, geralmente, os estreptococos ficam restritos à garganta e não apresentam reações típicas de resfriado. É uma infecção mais associada à dor de garganta, aumento dos gânglios, febre, desconforto grande, dor no corpo e cabeça”, enfatiza a especialista.
Tratamento e prevenção da escarlatina
Pelo sim, pelo não, a recomendação é investigar o quanto antes, principalmente neste momento de aumento no número de casos.
“O ideal é não postergar o encaminhamento ao médico. Até porque, se confirmada a infecção por estreptococos, é necessário iniciar de imediato tratamento à base de antibióticos – o que só pode ser feito por meio de prescrição médica”, finaliza.
Além do tratamento com antibióticos, é importante seguir algumas medidas preventivas para evitar a disseminação da escarlatina.
Lavar as mãos com frequência, evitar o compartilhamento de utensílios pessoais e manter as crianças afastadas de ambientes com alta concentração de pessoas durante surtos são práticas essenciais.
Em conclusão, a escarlatina é uma doença que requer atenção imediata dos pais e cuidadores. Com a identificação precoce dos sintomas e um tratamento adequado, é possível controlar a infecção e prevenir complicações mais graves.
Portanto, se seu filho apresentar sintomas como dor de garganta intensa, febre e manchas na pele, não hesite em procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
Leia também:
Amamentação: saiba como aliviar os sintomas da mastite
Escoliose: sintomas, tipos e tratamentos
Cefaléia: o que é, sintomas e como aliviar a dor