Recentemente, o metapneumovírus humano (HMPV) voltou a ser um tópico de preocupação, principalmente após relatos de um aumento nos casos registrados em países como Estados Unidos e China. Apesar de estar dentro da temporada típica de infecções respiratórias, o HMPV tem gerado atenção, pois pode causar doenças em pessoas vulneráveis, como crianças pequenas, idosos e pessoas imunossuprimidas.
Autoridades de saúde e especialistas afirmam que o metapneumovírus é bem conhecido e normalmente circula durante o inverno. Ainda assim, compreender como ele se espalha, seus sintomas e as formas de prevenção é fundamental, especialmente quando outras infecções respiratórias, como gripe e COVID-19, continuam sendo prevalentes.
O que é o metapneumovírus?
O metapneumovírus humano é um vírus pertencente à família Pneumoviridae, a mesma do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Descoberto em 2001, o HMPV tem sido cada vez mais diagnosticado graças a avanços nos testes laboratoriais, permitindo que hospitais e laboratórios identifiquem de forma mais precisa diferentes causas de infecções respiratórias.
Esse vírus é capaz de causar infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores, sendo mais grave em pessoas com fatores de risco. No entanto, para a maioria da população, a infecção apresenta sintomas leves e autolimitados, semelhantes aos de outros vírus respiratórios.
Quais são os sintomas do HMPV?
Os sintomas típicos do metapneumovírus incluem:
- Tosse;
- Congestão nasal;
- Febre;
- Falta de ar.
Esses sintomas geralmente aparecem após um período de incubação de três a seis dias e podem ser facilmente confundidos com gripe, COVID-19 ou VSR. Em casos mais graves, principalmente em crianças pequenas, idosos e pessoas imunossuprimidas, o HMPV pode evoluir para bronquite ou pneumonia.
É importante observar que a coinfecção com outros vírus ou bactérias pode agravar a condição, tornando essencial o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado.
Como se dá a transmissão do HMPV?
Semelhante a outros vírus respiratórios, o HMPV é transmitido por:
- Gotículas de tosse e espirro;
- Contato pessoal próximo, como abraços;
- Superfícies contaminadas, quando o indivíduo toca nos olhos, nariz ou boca após o contato.
O período mais comum de circulação do metapneumovírus coincide com o inverno e tende a diminuir na primavera. Estudos apontam que a maioria das pessoas é exposta ao vírus antes dos cinco anos de idade, e, em casos de reinfecção, os sintomas geralmente são mais leves.
Existe tratamento para o metapneumovírus?
Não há antivirais específicos para o metapneumovírus humano. O tratamento consiste em medidas de suporte para aliviar os sintomas:
- Uso de broncodilatadores para chiado ou dificuldades respiratórias;
- Hidratação e controle da febre com antitérmicos;
- Administração de antibióticos, caso infecções bacterianas secundárias sejam identificadas.
Pessoas com sintomas mais graves devem buscar atendimento médico imediato, especialmente aquelas pertencentes aos grupos de risco.
Como prevenir a infecção por HMPV?
Atualmente, não existe uma vacina para prevenir o HMPV, mas medidas básicas de higiene continuam sendo a principal forma de proteção:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
- Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar;
- Evitar o contato próximo com pessoas doentes;
- Ficar em casa em caso de sintomas respiratórios.
Para indivíduos em grupos de maior risco, o uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerações pode ser uma proteção adicional. Além disso, manter as vacinas atualizadas para outras doenças respiratórias, como gripe e COVID-19, ajuda a minimizar as chances de coinfecção e complicações.
Estamos em risco?
Apesar do aumento no número de casos de metapneumovírus, especialistas afirmam que o vírus não apresenta risco significativo para a população geral. Os números registrados refletem a sazonalidade típica de infecções respiratórias, que tendem a crescer nos meses de inverno.
No entanto, é essencial estar atento aos sintomas e priorizar hábitos de prevenção para evitar possíveis complicações. Como em outras doenças respiratórias, o cuidado com grupos vulneráveis continua sendo a principal recomendação.
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