A Toyota, conhecida mundialmente como uma das maiores fabricantes de automóveis, está agora prestes a reinventar o conceito de urbanização com sua cidade inteligente, a Woven City. Localizada na base do Monte Fuji, no Japão, essa cidade futurista começou a ser construída em 2021 e, após um investimento de 10 bilhões de dólares, terá sua primeira fase concluída ainda este ano.
A proposta vai muito além dos veículos: a Woven City visa integrar inovação, tecnologia e sustentabilidade para criar um ambiente completamente conectado. Casas inteligentes, robôs de estimação e drones são alguns dos elementos que compõem o plano, prometendo transformar o modo como seus habitantes — apelidados de “tecelões” — viverão no dia a dia.
O que torna a Woven City especial?
Diferentemente de cidades convencionais, a Woven City foi projetada com o futuro em mente. Suas ruas, desenhadas como uma trama entrelaçada, receberam esse nome para simbolizar uma teia de conexões entre inovação e mobilidade.
Na prática, isso significa:
- Ruas segmentadas: Robotáxis, bicicletas e pedestres terão vias exclusivas, criando mais segurança e organização.
- Casas conectadas: Equipadas com inteligência artificial, essas casas prometem automatizar tarefas domésticas, melhorar a eficiência energética e até mesmo monitorar a saúde de seus moradores.
- Robôs assistentes: Idosos e pessoas com necessidades específicas contarão com robôs de estimação para auxiliar em atividades diárias.
- Drones pessoais: Sistemas autônomos facilitarão entregas e movimentação aérea.
Além de criar um ambiente urbano de ponta, a cidade também terá uma preocupação central com sustentabilidade, utilizando fontes de energia limpa e inovações que reduzem a pegada ambiental.
Por que a Toyota decidiu construir uma cidade inteligente?
A decisão da Toyota de investir em uma cidade inteligente como a Woven City reflete sua visão estratégica de longo prazo. Enfrentando um mercado de vendas de automóveis em declínio, a empresa decidiu expandir sua atuação para o setor de mobilidade e inovação urbana.
O CEO da Toyota afirmou que a missão da empresa é ir além de fabricar carros e focar em soluções que combinam mobilidade, sustentabilidade e qualidade de vida. A cidade servirá, também, como um laboratório vivo para testar novas tecnologias, permitindo que pesquisadores e engenheiros observem a interação de dispositivos inteligentes em um ambiente real.
Essa não é a primeira vez que grandes corporações tentam criar cidades conectadas. O Google iniciou um projeto semelhante, Sidewalk Toronto, que não avançou, e a Arábia Saudita apostou na NEOM, uma cidade planejada com um custo de 500 bilhões de dólares. A Toyota, no entanto, busca um modelo mais integrado e escalável, capaz de oferecer soluções para os desafios globais.
Quem viverá na Woven City?
Inicialmente, a Woven City será habitada por cerca de 2 mil pessoas, incluindo funcionários da Toyota e suas famílias. Essas pessoas servirão como “testadores” das inovações aplicadas no local.
A cidade não será aberta ao público em geral nesse primeiro momento, mas o objetivo é que as tecnologias desenvolvidas nela sejam replicadas e adaptadas para outros lugares, ampliando o impacto do projeto no futuro.
O impacto global da cidade inteligente
Cidades como a Woven City respondem a um desafio cada vez mais urgente: a necessidade de acomodar o crescimento populacional urbano de forma sustentável e inovadora. De acordo com a ONU, nos próximos 30 anos, mais de 1 bilhão de pessoas precisarão de novos lares em áreas urbanas, exigindo a criação de grandes cidades a uma velocidade impressionante.
A Toyota, com sua cidade inteligente, apresenta um modelo que combina conforto, eficiência e sustentabilidade. Mais do que um projeto bilionário, a Woven City representa um vislumbre de como poderemos lidar com a urbanização crescente e com os desafios ambientais no futuro próximo.
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