É na época de calor, férias escolares e festas que as famílias costumam buscar lugares para celebrar o Natal e Ano Novo ou simplesmente descansar. Mas será que o aluguel na temporada de verão vale a pena? Afinal, como fazer um bom negócio e não cair em uma cilada?
De acordo com o educador financeiro João Victorino, do ponto de vista do locatário, é totalmente possível fazer um bom negócio ao alugar um imóvel por um curto período de tempo no verão. Entretanto, é necessário planejar a viagem com antecedência e negociar os termos do contrato de aluguel com mais calma, sem a urgência de última hora
“É importante verificar se existem opções de seguro contra imprevistos, bem como políticas claras de cancelamento, evitando prejuízos se a viagem precisar ser alterada ou cancelada. Também vale checar se o imóvel está devidamente legalizado e com toda a documentação regularizada, garantindo assim maior segurança ao inquilino”, diz à AnaMaria.
O educador financeiro explica que locatário e locador precisam levar em conta aspectos contratuais, a condição geral do imóvel, a reputação de ambas as partes e a clareza nas condições de uso e pagamento.
“O locatário precisa ter a certeza de que a casa atende às suas expectativas, que está em bom estado de conservação, com estrutura adequada e localização compatível com suas necessidades. Deve ainda atentar-se à existência de um inventário detalhado de bens e móveis, preferencialmente acompanhado de fotos, para evitar disputas futuras sobre danos”, recomenda João.
Por outro lado, o locador deve adotar um critério cuidadoso na seleção dos inquilinos, apresentar um contrato detalhado, estabelecer normas internas claras e zelar pela segurança do imóvel.
“Além disso, manter a manutenção em dia, desde a parte estrutural até eletrodomésticos e itens de decoração, contribui para avaliações positivas e, consequentemente, para maior demanda. Por último, o locador deve avaliar se não existe impedimento na convenção do Condomínio sobre aluguel de curta temporada”, afirma.
Aluguel na temporada de verão: é um bom negócio?
Aluguel na temporada de verão é uma boa oportunidade para quem possui imóveis em regiões turísticas ou em períodos de alta demanda. “O proprietário pode aproveitar o incremento no valor da diária, a facilidade de divulgação por meio de plataformas digitais, além de manter um planejamento cuidadoso da manutenção e do atendimento aos inquilinos”, diz João.
Mas, antes de alugar a propriedade, vale criar um inventário de bens, incluir cláusulas contratuais que definam as responsabilidades das partes e adotar seguros específicos para o imóvel. “Essas medidas podem trazer mais segurança e tranquilidade. Uma administração bem organizada, com critérios claros de seleção, garante a transformação do aluguel em um negócio lucrativo e duradouro.”
Vale a pena anunciar a alugar em plataformas online?
Booking, Airbnb e redes sociais estão repletas de anúncios de propriedades disponíveis para locação. Essas plataformas, segundo João, são muito atrativas porque fazem o proprietário alcançar um público diversificado. Já o locatário conta com maior proteção e referências ao fechar o negócio.
“Entretanto, o proprietário e o locatário devem ler com atenção os termos e condições da plataforma, assegurando-se de compreender as taxas, prazos, políticas de cancelamento e possíveis mecanismos de resolução de conflitos”, destaca.
Tanto para locador quanto para locatário, é fundamental redobrar a atenção, analisar avaliações e comentários e, se possível, manter contato direto entre as duas partes para a solução de dúvidas.
Deu ruim e agora?
Nas redes sociais é possível encontrar diversos casos de proprietários que encontraram seus imóveis em má condições de uso, sujos e até mesmo vandalizados.
@danieladuek0 Me ajudem a viralizar pra pagar o prejuizo kkk #airbnb #sp #fyp #aluguel ♬ som original – Daniela Duek
Para esses casos, João recomenda que o locador entre imediatamente com a plataforma intermediadora e apresente fotos ou vídeos como provas para buscar uma indenização ou compensação pelos danos. Ele orienta que, em situações mais graves, pode ser necessário registrar um boletim de ocorrência e ingressar com ação judicial para ressarcir o prejuízo.
“Além disso, o proprietário deve considerar incluir cláusulas contratuais mais rigorosas, exigindo cauções, definindo vistoria prévia e posterior à estadia, bem como investir em seguros que cubram danos ao imóvel. Essas medidas, aliadas à seleção criteriosa de inquilinos, contribuem para maior proteção do patrimônio em futuras locações”, afirma.
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