Sair de férias exige planejamento, e quando se trata de levar remédio, os cuidados precisam ser redobrados. Medicamentos na viagem devem ser transportados de maneira adequada por questões de segurança e também para evitar danos às formulas, garantindo o uso adequado durante todo o período fora de casa.
As normas para transporte de remédios variam de acordo com o tipo de viagem — terrestre ou aérea. Seguir essas regras é fundamental parar prevenir problemas, seja na alfândega ou quanto a conservação das medicações. Mas como fazer isso?
Para entender mais sobre o tema, AnaMaria conversou com o farmacêutico homeopata Jamar Tejada.
Normas para transporte aéreo
O especialista reforça a importância das orientações para medicamentos homeopáticos, manipulados e fitoterápicos, que são mas sensíveis às condições de transporte. A interferência das ondas eletromagnéticas do raio-X nos princípios ativos desses medicamentos também deve ser levada em consideração.
Por isso, Tejada destaca a Resolução nº 27 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Essa regulamentação permite que passageiros solicitem a inspeção manual dos medicamentos, evitando que passem pelo raio-X, que pode alterar a composição dos mesmos.
Já o transporte de medicamentos essenciais e de uso contínuo deve sempre ser na bagagem de mão: “As baixas temperaturas do porão do avião podem comprometer algumas formulações, principalmente fitoterápicos líquidos e homeopatias”, explica.
Já para evitar problemas na alfândega, o farmacêutico reforça que é ideal manter as embalagens originais dos medicamentos, acompanhadas de receita médica e, se possível, com o nome do paciente destacado.
Medicamentos na viagem: e o transporte terrestre?
Nas viagens terrestres, o calor excessivo volta a ser desafio. As altas temperaturas podem comprometer medicamentos sensíveis. Para evitar problemas, recomenda-se o uso de bolsas térmicas, mas sem contato direto com gelo, que pode causar condensação e danificar os produtos, como destaca Tejada.
Mais uma vez, os medicamentos de uso imediato ou essencial devem sempre ser mantidos pertos, mesmo em viagens curtas, para garantir acesso rápido em caso de emergência. Outras dicas incluem armazenar os medicamentos em um local fresco e longe da luz solar direta. Durante paradas ou longos trajetos, certifique-se de que as medicações estejam em locais protegidos, evitando exposições prolongadas a altas temperaturas.
Cuidados gerais para qualquer tipo de viagem
Independentemente do meio de transporte, algumas precauções gerais ajudam a garantir que os medicamentos na viagem estejam prontos para uso. Confira as principais:
- Planejamento antecipado: verifique a necessidade de documentação, como receitas médicas, e providencie traduções juramentadas se for viajar para o exterior.
- Organização: utilize organizadores ou necessaires específicas para separar os medicamentos, evitando confusões e acidentes durante o transporte.
- Verificação de validade: antes de viajar, confira a validade de todos os medicamentos e certifique-se de levar apenas o necessário, considerando o período da viagem e imprevistos.
- Consulta médica: em caso de dúvidas, consulte um médico ou farmacêutico para orientações personalizadas, principalmente se você faz uso de medicações controladas ou tratamentos específicos.
Medicamentos e alfândega: como evitar problemas
Em viagens internacionais, as regras podem ser ainda mais rigorosas. Cada país tem sua legislação própria, e o transporte de medicamentos deve atender a essas normas. Para evitar contratempos, leve as receitas médicas em inglês ou no idioma do país de destino, sempre destacando a necessidade do uso.
Se o medicamento for controlado, confirme previamente a permissão para entrada com as autoridades locais ou a embaixada. Medicamentos líquidos também devem seguir as regras de transporte de líquidos, com frascos de até 100 ml em voos internacionais. Nesse caso, é essencial guardá-los em um saco plástico transparente para facilitar a inspeção no aeroporto.
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