S alão de beleza é um dos estabelecimentos que mais crescem no Brasil. Segundo a Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel), em 2005 eram 309 mil no país. Já em 2010, o número saltou para 550 mil. Outro dado que indica a possibilidade de sucesso é que temos aqui o terceiro maior mercado consumidor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China. Só em 2014, o setor faturou R$ 101,70 bilhões, 11% a mais do que no ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Quer embarcar nessa? Saiba tornar o negócio atrativo!
Serviços para homens, mulheres e crianças
A cabeleireira Ana Carolina Vaz de Queiroz, de 39 anos, decidiu que era a hora de reunir toda a experiência que tinha no ramo e abrir o próprio salão. No ano passado, ela e o marido, Rodrigo de Souza Rozário, que também é cabeleireiro, venderam um imóvel e investiram parte do dinheiro em um lugar que fosse deles. A primeira missão foi encontrar um bom ponto comercial em uma avenida movimentada de Campinas.
O imóvel precisou de uma reforma e eles conseguiram até criar esse espaço para os clientes estacionarem em frente, essencial para facilitar o acesso. “Escolhemos uma casa com muitos cômodos, pois a ideia era atender toda a família”, conta Ana Carolina. Acompanhar as tendências é fundamental para o sucesso desse tipo de negócio. “Como a barbearia está em alta, também oferecemos esse serviço, assim como coloração masculina”, diz.
Há uma sala exclusiva para depilação, outra para os serviços de manicure e pedicure, uma para noivas e até uma mini-lanchonete foi montada nos fundos para que os clientes possam matar a fome enquanto estiverem ali. “Desde que inauguramos o Vivrá Coiffure, há um ano, o movimento cresce mês a mês.”
Mercado disputado
O Instituto DataPopular estima que os gastos dos brasileiros com cabeleireiros, manicures e esteticistas serão de R$ 59,3 bilhões este ano. E tem muita gente de olho na possibilidade de ganhar dinheiro nesse mercado. O Sebrae informa que mensalmente são abertos 7 mil novos salões de beleza no país, sendo 4 mil formais e 3 mil informais. Isso mostra que a concorrência existe e que ela precisa ser levada a sério, assim como a atualização constante em relação à modernização dos serviços, venda de produtos e a realização de promoções. Afinal, logo ali na esquina pode haver outro salão querendo pegar suas clientes.
Para ter o seu salão
Confira o que é preciso para abrir o seu negócio:
- Visite a concorrência e observe os serviços oferecidos e os preços. ■ Defina o público-alvo do seu salão: masculino, feminino, unissex…
- Escolha uma boa localização, com acesso fácil às pessoas.
- Procure um espaço físico adequado, com recepção e ambiente para trabalhar com produtos com cheiro mais forte.
- Procure um contador para providenciar a abertura da empresa. A opção de Microempreendedor Individual (MEI) é a melhor para quem está começando.
- Informe-se sobre as normas de vigilância sanitária e sobre a vistoria dos bombeiros.
- Pesquise e compre todo o mobiliário, assim como os itens de trabalho.
- Selecione funcionários.
- Estude sobre como administrar e gerenciar as contas do salão. O programa “Sebrae Beleza” oferece treinamentos gratuitos sobre o tema. Para começar, acesse a cartilha “Comece Certo Salão de Beleza” pelo link: bit.ly/1m9xOHf
O que não pode faltar
Veja as orientações dadas pelo Sebrae para quem deseja atuar na área:
- O ambiente precisa ser bonito, aconchegante, limpo e bem organizado.
- A habilidade profissional do dono é fundamental.
- Simpatia também!
- Inovação. O público gosta de novidade, quer saber das tendências.
- Serviço de manicure é essencial. A maior parte das mulheres fazem as unhas toda semana e é a porta de entrada para que essas clientes experimentem outros serviços, como químicas, que são mais caras.