O assunto de hoje é sério e precisa ser falado: violência contra a mulher. Não dá para acreditar que esse tema ainda exista! Mas está aí, tem homem que ainda se vale da força física e emocional e tem muita mulher que anda sofrendo, sim! Homem agride, mulher se defende, gente diz que foi ela quem provocou… É absurdo que as pessoas não tenham entendido o quanto essa lógica é errada.
E não é só de violência física que estou falando. O marido que critica suas atitudes, ofende você pela maneira como se veste e despreza seus amigos está sendo violento, sim! Uma coisa é dar um toque com jeitinho, outra coisa é chegar logo atacando…
Eu vivo preconceito por ser mulher, como todas vivem. Não é porque sou famosa e tenho poder que estou livre. O julgamento moral é muito maior com a mulher. Quer ver um exemplo? O homem pode ir sozinho a qualquer lugar à noite. Mas ai da mulher que resolve sair para alguma balada: os problemas começam já no caminho. Se for de carro, é um perigo ser assaltada; se for de ônibus, é um perigo que tenha gente mal intencionada; se for de táxi, corre o risco de sofrer assédios… Quem vive direito sempre com medo? E chegar em um barzinho ou boate sozinha… Ih, parece que está disponível! E que o homem pode fazer o que quiser! Não, senhor, nada disso, meu amigo. Se estou sozinha, é porque quero e mereço ser respeitada por isso. Sermos taxadas de periguete, vagabunda e por aí vai por causa de roupa ou atitude… Não tem cabimento.
Mas não precisa ser o fim do mundo. Eu posso dizer que sou uma vitoriosa. Saí cedo da casa dos meus pais, comecei a trabalhar, casei, separei, criei meu filho sozinha e consigo fazer o que eu quiser.
Acho que tem uma coisa que podemos fazer para prevenir essa babaquice masculina. Conversar com nossos filhos, passar para eles que isso é um hábito errado. Em casa, eles estão vendo nossas preocupações com a comida, estão vendo que a gente está sempre ligada, que somos nós que tiramos a carne do congelador para o dia seguinte, fechamos a janela antes de sair… Se os ensinarmos
a se preocuparem também com essas coisas, eles vão valorizar mais as mulheres. E as futuras gerações talvez vivam um pouquinho melhor que nós.