“Vou me casar em breve e estou com uma dúvida: será que optamos pela conta conjunta? Sei que às vezes pode ser mais prático, mas tenho medo de que isso tire um pouco da nossa privacidade. Quais os prós e os contras?”
R. R., por e-mail
É muito importante que os casais tenham o hábito de falar sobre dinheiro no seu dia a dia, fazendo as contas e os planos de forma conjunta. A conversa habitual sobre as finanças fará com que o assunto seja mais leve e possibilitará que qualquer correção de rota necessária seja feita logo no começo, o que é algo maravilhoso. A família que cultiva o costume de conversar sobre grana tem mais
facilidade em otimizar os gastos, fazer cortes no orçamento quando necessário e guardar dinheiro para realizar algum sonho, ou para a aposentadoria. Por isso é recomendado que vocês façam juntos as contas de quanto ganham e de como esse dinheiro é gasto. E isso não tem a ver necessariamente com abrir uma conta conjunta. Ela deve ser feita apenas se facilitar a vida de vocês no momento de juntar as finanças. O que quero dizer é que, se vocês têm contas correntes separadas, mas conseguem organizar juntos os gastos com a casa, não vejo necessidade de ter uma conta conjunta. Por outro lado, se considerar que ela pode ajudar no momento de colocar ordem nas receitas e nos gastos, então ela pode ser, sim, uma boa ideia. No entanto, fique sempre atenta às taxas cobradas. Lembre-se de que os bancos são obrigados a oferecer uma conta corrente com serviços básicos sem custo algum para o cliente. Agora, se os serviços oferecidos não forem suficientes para o que você precisa, é possível optar por uma conta com tarifa, mas deverá ficar de olho para não gastar dinheiro sem necessidade.
Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.