“Nunca tinha ouvido falar que adulto também precisava tomar vacina. Quais seriam elas, no caso dos idosos?”
A.B., por e-mail
O espanto da leitora é uma das manifestações mais comuns quando abordamos a questão das vacinas no consultório. A resposta: sim, elas são fundamentais em todas as fases da vida, principalmente entre os grupos vulneráveis (idosos, crianças, gestantes…). A vacina antitetânica, por exemplo, deve ser renovada a cada dez anos até o final da vida. Em especial no caso da terceira idade, a mais conhecida é a vacina da gripe. Ela previne a gripe e as infecções respiratórias que vêm na sequência – a mais temida é a pneumonia. Falando nela, a partir dos 65 anos, recomenda-se a vacina contra pneumococo, principal agente da pneumonia bacteriana. Ainda que a prevenção não seja total, a vacina reduz as chances da forma grave dessas infecções, caso elas ocorram. Uma imunização recém-chegada ao Brasil, mas ainda não incorporada ao calendário oficial, é para herpes zoster (causada pela reativação do vírus da catapora). Ela é indicada a partir dos 50 anos. Existem outras vacinas, mas as já citadas são as principais. Aproveito para perguntar: algum médico já quis saber se as suas vacinas estão em dia? Provavelmente não… Afinal, quem seria o especialista que deveria abordar a questão? E mais, cada um abordaria apenas a questão na sua respectiva área. Agora mais críticas, caras leitoras, falem sobre
essa questão com o seu médico.
Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br