No final de outubro, o Ministério da Saúde admitiu que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis, doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria treponema pallidum. De acordo com o último boletim do governo, entre 2010 e 2016, quase 230 mil casos novos da doença foram notificados. A transmissão congênita, em que a gestante passa a doença para o bebê, é a mais preocupante, já que, de 2014 a 2015, observou-se um aumento de 19%. Saiba mais sobre a doença e aprenda a se prevenir:
Transmissão
Pode ocorrer durante a relação sexual sem camisinha, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto.
Tratamento
É feito com antibióticos e deve estender-se aos parceiros sexuais. A dosagem varia de acordo com o estágio da doença.
Sintomas
A sífilis se desenvolve em três fases. A primeira se manifesta por meio de feridas endurecidas e indolores nos órgãos genitais. Na segunda, ocorrem lesões avermelhadas nas mãos, pés, boca, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. Na terceira e última fase,
o paciente apresenta comprometimento dos sistemas nervoso, cardiovascular e ósseo.
Os perigos da sífilis congênita
Nos bebês, a doença pode se manifestar ainda durante a gestação, logo após o nascimento ou nos primeiros dois anos. São consequências da sífilis congênita: pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez e até deficiência mental. Em alguns casos, a doença pode também causar aborto espontâneo.
FONTES: MINISTÉRIO DA SAÚDE E RENATO DE OLIVEIRA, GINECOLOGISTA E OBSTETRA DA CLÍNICA CRIOGÊNESIS SP.