A cada verão, uma preocupação diferente. O que não muda é o protagonista, o mosquito Aedes aegypti. Nos últimos dias, dispararam os casos de febre amarela em municípios rurais de Minas Gerais. Segundo boletim do Ministério da Saúde do último dia 11, já são 48 casos suspeitos neste ano. Do total, 16 são casos prováveis da doença, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e o resultado de um primeiro exame deu positivo.
Devo me vacinar já?
A orientação é que todos os que moram no estado se imunizem contra a doença. “Não há motivo para pânico em outras regiões. A preocupação agora é imunizar o maior número de pessoas que moram nos locais onde os casos foram registrados para que haja um bloqueio do contágio”, afirma Thais Guimarães, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia. Antes mesmo dos novos casos, o
Ministério da Saúde já recomendava a imunização em algumas áreas específicas do país. Procure aqui o seu município: bit.ly/2fiJKtm. Quem precisar viajar para estas regiões também deve se vacinar.
Quais os sintomas?
Febre súbita, calafrios, dor de cabeça, no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. Não dá para vacilar, hein?
O que fazer frente aos sinais?
Procurar um médico e contar sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Informe,
ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.
Como a doença é tratada?
Não há tratamento específico. O médico deve apenas cuidar dos sintomas, que são pesados. AAS e Aspirina devem ser evitados, já
que podem favorecer hemorragias. Por isso, melhor mesmo evitar!
O que é a febre amarela?
É uma doença infecciosa febril aguda que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não tratada rapidamente. No Brasil, os casos são classificados como febre amarela silvestre e febre amarela urbana – o vírus é o mesmo, a diferença é o mosquito envolvido na transmissão. Na silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros. Se um humano não vacinado adentra uma área silvestre e é picado por um mosquito contaminado, ele fica doente. Se esse homem contaminado volta à cidade e é picado por um Aedes aegypti, esse mosquito se contagia e pode transmitir a doença para outros humanos.