Agora, quando começo
uma novela, dou um
tempo para fazer comentário.
Antes, muito apressada,
já ia e publicava a minha opinião.
E, algumas vezes, me dei
mal. Nos primeiros capítulos,
a novela prometia. Mas, com
o andar da carruagem, a dita
cuja não era tão boa assim. E
mais: piorava e eu mordia a
língua. Como estava mal, eu
descia o malho. Aí, a Globo
“arrumava” a trama e eu ficava
com cara de “vaca olhando
vitrine”. Mas estou aprendendo.
A vida nos ensina até nos
últimos momentos de existência.
Mas, vamos falar de
novela. Que, antes, homens
e mulheres falavam com interesse.
Hoje, não encontro ninguém
interessado. Nem Rose,
a minha cuidadora! Minha
neta, que era minha parceira,
se mandou para a internet.
Minha filha? Não tem tempo.
E diz que ainda não tem idade
para gostar de novela. Estou
lutando com todas as forças
para não cair nas malhas da
senhora internet… Tenho
toda desconfiança do mundo
com referência a essa invenção estranhíssima que invade
sem a menor cerimônia a
vida de todos, trazendo por
vezes muita infelicidade! Uma
grande parcela dos usuários
brasileiros é vítima frágil dessa
tecnologia avançada. É preciso
informação para não cair
numa cilada. Acredito na teoria
da conspiração. Nosso país
é rico, só nós é que não damos
valor. Mas lá fora, poderosos
bem informados têm os olhos
grandes grudados no Brasil.
E a internet, sei não… Calate,
boca! Então, vamos falar
de novela. Está gostando de
Novo Mundo?