A precipitada morte da influencer Nara Almeida nesta segunda-feira entristeceu seus mais de 4 milhões de seguidores. Com apenas 24 anos, ela lutou bravamente contra um câncer no estômago desde a sua descoberta, em agosto do ano passado, e usava sua redes sociais para reforçar a importância dos hábitos saudáveis e do diagnóstico precoce da doença.
Apesar de todos os avanços da medicina, o alerta da blogueira tem razão de ser. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor de estômago é um dos tipos de câncer mais frequentes, contabilizando mais de 20 mil casos anuais no Brasil. Com alto índice de mortalidade, é a segunda doença cancerígena que mais mata no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. O diagnóstico precoce, de acordo com Andréia Melo, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) no Rio de Janeiro, é fator fundamental para aumentar a chance de cura de qualquer tipo de câncer. “Exames periódicos devem ser feitos anualmente”, orienta a médica.
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Principal alerta: alteração do hábito intestinal
Por ter sintomas discretos em sua fase inicial, o câncer de estômago é facilmente confundido com gastrite – o que acaba levando o paciente a um diagnóstico tardio, realizado muitas vezes quando o tumor já está em nível mais avançado.
■ Com a melhor conservação dos alimentos (uso de geladeira e redução do consumo de conservas e alimentos muito salgados), a incidência desse tumor caiu nas últimas décadas.
■ Fatores de risco: infecção pela bactéria Helicobacter pylori, responsável por boa parte das gastrites. Há indícios de que se pode pegá-la ingerindo água e alimentos que tiveram contato com fezes contaminadas. No entanto, essa transmissão ainda não foi confirmada.
■ Prevenção: caprichar nos cuidados com higiene e adotar dieta saudável, evitando excesso de molhos, condimentos e alimentos industrializados. O diagnóstico precoce é essencial, pois a bactéria pode ser eliminada com o uso de antibióticos antes de virar um tumor.
■ Sintomas: azia constante, alteração do hábito intestinal (dor abdominal, diarreia ou prisão de ventre por um período prolongado), vômito e fezes com sangue.
■ Tratamento: há várias opções de tratamento, recomendadas com base no quadro clínico de cada paciente. Entre os principais, estão quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, cirurgia e medicamentos.
Diminua os riscos
– Não fumar
– Moderar no consumo de bebidas alcoólicas
– Evitar alimentos gordurosos e industrializados
– Comer mais frutas, grãos e vegetais
– Praticar exercícios físicos regularmente
– Ir ao médico com frequência
– Ficar atenta aos primeiros sinais