A novela “A Caverna Encantada“, que vem conquistando o público com sua trama envolvente, tem em Giulia Nassa uma das suas grandes estrelas. No papel de Cristina, uma estagiária do “Pet Shop Bolhas & Bolhas”, Giulia traz à vida uma personagem fascinante, marcada por sua paixão por gatos e uma personalidade complexa. Em uma entrevista exclusiva, a atriz fala sobre o processo de preparação para o papel, suas inspirações e como lida com as diversas facetas de Cristina.
Giulia, como você se preparou para interpretar Cristina, uma personagem que se impõe mais pela postura do que pelas palavras? Houve alguma inspiração específica para capturar essa essência da personagem?
Desde o primeiro teste para a personagem Cristina, eu já me apaixonei por ela e me senti pronta para interpretá-la desde aquela época. Comecei a construir a Cristina com base em aspectos que observei nos meus próprios gatos, que são meus animais favoritos. Eu tenho cinco em casa, então tenho um verdadeiro laboratório de estudos. Me inspirei em comportamentos felinos como a curiosidade, a sensibilidade e o jeito como eles se acomodam. Sugeri características como unhas compridas e um delineado de gatinho, além de lentes de contato azul claro para refletir a frieza da personagem. Minha principal inspiração vem dos meus gatos e de grandes personagens felinas como a Mulher-Gato da DC e a Catra de “She-Ra e as Princesas do Poder”.
Cristina é uma estagiária no “Pet Shop Bolhas & Bolhas” e é apaixonada por gatos. Como foi para você, que também adora animais, mergulhar nesse universo e trazer autenticidade para a relação da personagem com os felinos?
Eu tenho uma grande paixão por animais e isso facilitou muito minha conexão com a personagem. Tenho cinco gatos em casa e já tive outros animais, incluindo cachorros e peixes. Sou vegetariana e amo todas as espécies, então trabalhar em um ambiente como o do “Pet Shop Bolhas & Bolhas” foi uma experiência incrível. Essa vivência me permite adicionar um toque de realismo e autenticidade ao meu trabalho, tornando a interação com os animais ainda mais genuína. Eu sempre disse que, se não fosse atriz, seria psicóloga ou veterinária, pois esses campos se conectam com o universo do pet shop.
A Cristina é descrita como vingativa, mas ao mesmo tempo anseia por carinho e tem uma relação muito próxima com Thomas, seu melhor amigo. Como você equilibra essas duas facetas contrastantes da personagem durante as cenas?
Personagens com múltiplas facetas são sempre mais interessantes e autênticos. Cristina pode parecer fechada e até agressiva com alguns, mas também tem momentos de carinho, principalmente com Thomas, que é seu porto seguro. Ela se comporta como um gato que, apesar de sua aparência reservada, tem seus momentos de afeto. O desafio é balancear essas duas facetas sem torná-la uma vilã completa, mantendo uma doçura subjacente em seus momentos mais agressivos.
Cristina aprecia seu tempo sozinha e se envolve com poucas pessoas. Você compartilha dessa característica na sua vida pessoal? Como foi explorar essa solidão e introspecção na construção da personagem?
Enquanto Cristina é introspectiva e introvertida, eu gosto muito de socializar e estar com amigos e família. No entanto, valorizo meus momentos de solidão para atividades pessoais como assistir séries e ler livros. Esses momentos sozinha me ajudam a construir a personagem, já que, mesmo quando estou sozinha, estou sempre acompanhada dos meus gatos. A interpretação de Cristina me ajudou a valorizar ainda mais a minha própria companhia e a respeitar meus limites com os outros. Aprendi bastante com a personagem, especialmente a importância de confiar mais em mim mesma.
