Finalmente chegou um daqueles momentos tão temidos pelos pais: seu filho quer viajar sem a companhia materna ou paterna. Muitas vezes, os genitores ficam em dúvida se devem ou não deixar que isso aconteça naquele momento.
Deborah Moss, neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil, diz que não existe uma resposta pronta para esse dilema. “Afinal, tudo depende da maturidade e do senso de responsabilidade do filho”, ressalta.
Quando falamos de outros países, especialmente na Europa, pode até ser comum encontrar jovens viajando sozinhos, mas, por aqui, todo cuidado é pouco. A especialista, inclusive, aconselha sempre viajar em grupo.”Vivemos em um país violento e um jovem menor de idade pode ser alvo fácil de bandidos”, avalia.
ALGUÉM RESPONSÁVEL
Se o seu filho tem menos de 18 anos, o melhor é que a turma viaje com pelo menos um amigo maior de idade, que seja o responsável pelo grupo. Para saber se ele já pode ter essa responsabilidade, é importante pensar na rotina. “Isso porque o dia a dia dele pode ser uma boa referência quanto aos cuidados consigo mesmo, com os deveres e obrigações, além das atitudes com os pais e familiares.”
Como é o senso de responsabilidade e de julgamento moral do seu filho? Um jovem mais infantil, inseguro ou dependente demais dos outros costuma carregar características que ainda podem ser sinal de imaturidade. Segundo a neuropsicóloga, nestes casos é melhor esperar outra oportunidade para ter essa experiência de viagem.
EVITE ERROS
O mais comum é os pais pensarem que vão conseguir controlar o filho à distância, ligando várias vezes ao longo do dia ou exigindo que ele sempre esteja disponível. “Essa ideia dá a ilusão de que os pais estão no controle da situação, mas serve apenas para aplacar a saudade”, explica. Para não ter desencontro ou conflitos de desobediência por parte dele, o ideal é combinar antes como será o contato entre vocês.