Os cuidados com a pele são negligenciados pelos brasileiros, especialmente entre o público masculino. Essa é uma das conclusões da pesquisa “Sua pele fala – sinais suspeitos e o carcinoma de células de Merkel”, realizada pelo IBOPE Conecta com 2 mil internautas de todas as regiões do País, a pedido da aliança Pfizer-Merck.
A doença é um tipo raro e agressivo de câncer no qual as células tumorais se formam na camada superior da pele, perto de terminações nervosas.
Na Europa, um total de 2.500 pessoas são diagnosticadas com a doença a cada ano e entre 5% e 12% desses tumores são identificados já em fase avançada. Cerca de 1 em cada 3 europeus com a doença morre anualmente. Contudo, ainda não existem dados epidemiológicos específicos no Brasil disponíveis para esse tipo de câncer
POUCO PROTETOR
E um dos principais fatores de risco para o carcinoma de células de Merkel (CCM) é a exposição solar excessiva e inadequada. Grande parte dos homens ouvidos (73%) afirma que aplica o protetor solar apenas de vez em quando ou somente ao frequentar a praia ou a piscina.
Entre as mulheres, esse porcentual cai para 46%. Além disso, metade das entrevistadas diz cumprir a recomendação de usar filtro solar diariamente, porcentagem que é de 36% para o total de respondentes da pesquisa.
DICAS FUNDAMENTAIS
“Com a proximidade do verão, é importante o cuidado redobrado com a pele. Evitar exposição excessiva ao sol entre 10h e 16h, proteger o rosto com chapéu ou boné e usar protetor solar de largo espectro (UVA/UVB), com um elevado fator de proteção solar, todos os dias”, diz Elimar Gomes, doutor em oncologia pelo AC Camargo Cancer Center e médico do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP).
As mulheres também são as mais informadas em relação aos sinais do câncer de pele e 66% delas estão cientes de que verrugas e nódulos de cor vermelha ou arroxeada podem ser manifestações da doença. A maioria delas diz ter buscado um dermatologista quando identificou um desses sinais na pele.
“Sabemos que a mulher vai mais ao médico, especialmente ao dermatologista. Além disso, é mais sensível às medidas de prevenção do que os homens. Esses resultados nos mostram que ainda temos um desafio bastante grande na mudança de hábitos da população masculina”, destaca o dermatologista.