O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi acusado de assédio sexual, segundo a organização Me Too Brasil. A ONG, que oferece apoio psicológico e jurídico a vítimas de violência sexual, afirmou que recebeu as denúncias através de seus canais de atendimento. Inspirada no movimento americano que expôs os crimes do produtor de Hollywood Harvey Weinstein, a organização busca dar voz às vítimas e promover justiça.
O movimento Me Too e sua origem
O movimento Me Too começou em 2006, quando a ativista Tarana Burke usou a hashtag #MeToo pela primeira vez, em apoio a uma jovem vítima de agressão sexual. A expressão ganhou força mundial em 2017, após o escândalo envolvendo Weinstein, acusado de assediar e estuprar dezenas de mulheres.
A atriz Alyssa Milano impulsionou o movimento nas redes sociais, encorajando outras vítimas a compartilharem suas histórias com a hashtag #MeToo. O movimento rapidamente se espalhou, unindo mulheres de diferentes setores que vivenciaram situações semelhantes.
Em território nacional, a ONG Me Too Brasil representa o movimento, oferecendo um espaço seguro para denúncias anônimas de violência sexual, com o objetivo de ajudar mulheres a quebrarem o silêncio e buscarem justiça.
Silvio Almeida e as denúncias de assédio
Nesta quinta-feira, a Me Too Brasil divulgou uma nota afirmando ter recebido denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida. Segundo a organização, as vítimas receberam acolhimento psicológico e orientação jurídica. As informações foram inicialmente divulgadas pelo portal Metrópoles, que relatou que Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, teria sido uma das vítimas.
Em resposta, Silvio Almeida negou as acusações, classificando-as como “ilações absurdas”. O ministro informou que acionou órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça para apurar o caso de forma detalhada. Além disso, ele apresentou uma interpelação judicial contra a Me Too Brasil.
O caso ganhou grande repercussão, destacando a importância de apurações justas e transparentes. O movimento Me Too continua a atuar como uma plataforma crucial para que vítimas de assédio sexual possam denunciar e buscar apoio.
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