Junho é o mês do Orgulho LGBT. Comemorado internacionalmente no dia 28, a data tem como principal objetivo conscientizar a todos sobre a importância de combater a homofobia.
A ideia também é construir uma sociedade igualitária, independente do gênero sexual.
O Supremo Tribunal Federal, inclusive, aprovou a criminalização da homofobia no Brasil no último 14 de julho.
Por tudo isso, AnaMaria separou uma lista com seis filmes imperdíveis para curtir e debater o tema com os amigos e a família.
1. Laerte-se (2017)
Imagem: Divulgação/Netflix
Em 2017, o Brasil produziu o seu primeiro documentário na Netflix para contar a história da cartunista Laerte, que aos 58 anos de idade (em 2009) assumiu a sua transgeneridade.
Em uma entrevista ao Pedro Bial, exibida no programa ‘Conversa com Bial’, Laerte falou sobre como foi se assumir. “Quando resolvi viver minha sexualidade, a questão do gênero veio como brinde. O gênero é vivido de muitas formas”.
Laerte deixa claro, no decorrer do documentário, que não se importa com as aplicações de gênero atribuídos a ele: “ele ou ela, tanto faz“. O importante é manter o respeito.
2. Tomboy (2012)
Imagem: Divulgação
Na história deste longa-metragem francês, Laurie é uma menina tímida de dez anos e se vê tendo que iniciar uma nova fase quando se muda para a cidade de Paris. Para conseguir socializar melhor e ter mais amigos, ela decide fingir que é um menino: Mikael, com cabelos curtos e roupas largas.
O segredo é mantido com a ajuda de sua irmã, Jenna, e ninguém desconfia da sexualidade do menino, já que ele joga bola “como um garoto”. Com isso se aproxima de Lisa, que se torna logo uma amiga, que a faz sentir uma atração e questionar sobre a sua identidade.
A história aborda um tema que aflige diversas crianças que, quando são afetadas com isso, acabam deixando a escola, ficando socialmente isoladas e levando as consequências para toda a vida.
3. Carol (2015)
Imagem: Divulgação
Se ser LGBT já não é fácil em 2019, imagine em 1950. Viventes de uma sociedade que considerava a homossexualidade uma doença, a destemida Carol e a atendente Therese precisam reprimir os seus sentimentos devido ao preconceito.
Casada com um homem difícil e possessivo, Carol decide dar início ao processo de separação do marido. O fato de ser homossexual nessa época, faz com que a briga judicial seja acentuada e ela acaba sendo acusada de desvio de comportamento.
O filme trata o romance de uma forma sutil e as fases são de acordo com os sentimentos de ambas. No começo, somos apresentados a uma trama mais lenta, mas logo vemos uma química forte nas duas que nos faz querer ver o filme até o fim.
4. AnaVitoria (2018)
Imagem: Divulgação
Quem pensava que a dupla era apenas voltada ao cenário musical, se enganou. A trama aborda a bissexualidade e o amor livre que, por mais que sejam assuntos discutidos atualmente, chocaram os pais das atrizes e cantoras.
“Foi um choque para eles, pois o filme aborda muito esses temas, algo que é comum para nós na nossa época, mas não para eles”, explicou Ana em entrevista ao programa ‘Luciana By Night’, da RedeTV!.
O trama é uma ótima pedida para quem quer se sentir tocado com a história de Ana e Vitoria. Além do amor, o papel é explicar o sentimento das gerações mais novas, focando nos tempos “líquidos” e como as coisas se tornaram mais fáceis e sem “encanto”, como por exemplo marcar encontros por aplicativos.
5. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
Imagem: Divulgação
Tudo começou com um longa-metragem chamado “Eu não quero voltar sozinho” (2010) que, ao fazer sucesso com o público, virou um filme. A trama aborda um duplo tabu, visto pela sociedade: homossexualidade e deficiência visual.
Leonardo vê a sua vida mudar completamente quando um novo aluno (Gabriel) entra no colégio e desperta a atenção dele e de sua melhor amiga, Giovana. O trio logo vira inseparável e, como em qualquer triângulo amoroso, o ciúme se torna um tema em questão. Em busca da independência, Leo acaba descobrindo a sua sexualidade ao se apaixonar por Gabriel.
Em um filme que retrata os temas de forma simples, vemos o dia a dia do personagem e como as coisas fluem. Não é um cego gay tendo uma crise, é um adolescente que está em busca de se conhecer e entender melhor o que quer da vida, como acontece com todos. Além da autodescoberta, o roteiro foca na autoafirmação e faz questão de retratar um amor natural e otimista.
6. Meu Passado me Condena (1961)
Imagem: Divulgação
Esse é para quem gosta de clássicos. Melville Farr é casado com uma mulher e vive a sua rotina de forma comum. No entanto, guarda um segredo: ele é gay. Após um encontro com o seu amante dentro de um carro que resulta em diversas fotos, o advogado se vê chantageado e a sua vida vira do avesso.
Com isso, Melville, que está prestes a se tornar um juiz, arrisca a carreira e o casamento para confrontar uma rede de chantagem contra homossexuais.
Aqui, o que mais impressiona é a ousadia do diretor inglês Basil Dearden, que escolheu fazer o filme em uma época que a homossexualidade era crime na Grã-Bretanha, algo equiparável a um assalto com violência e resultava em cadeia.
Não só chocou o Reino Unido, como o filme chegou até a ser vetado nos EUA.