O elenco de ‘O Escolhido’ se reuniu no meio de junho, na Cinemateca de São Paulo, para comemorar a estreia da série, a primeira brasileira com temática sobrenatural da Netflix.
Em um clima de descontração, foi realizado um painel com a participação da imprensa.
AnaMaria esteve presente no evento e realizou uma entrevista com o elenco para revelar os motivos pelos quais você não deve deixar de assistir a série, que estreia nesta sexta-feira (28).
SÉRIE SOBRENATURAL BRASILEIRA
Roteirizado por Raphael Draccon e Carolina Muñhoz, a trama é uma adaptação da série mexicana ‘Niño Santo’. Segundo Raphael, o convite partiu da própria Netflix.
“A gente não fazia ideia do que se tratava a história, nós assistimos e tinha diversos elementos interessantes. O roteiro do México foca mais na fé e na ciência, mas a nossa visão é fazer o estilo de American Horror Story [premiada trama americana]”, disse.
Para a protagonista, Paloma Bernardi, o suspense é o ponto que irá cativar o público: “Acho que quem gosta bastante de suspense vai pirar, a série tem um ar sombrio e sobrenatural que prende. O mais bacana é que nessa série fica muito evidente a nossa brasilidade, a cultura e o folclore brasileiro que até então tinha sido pouco explorado”.
E parece que eles acertaram em cheio, tendo em vista que muitas cenas dão um certo arrepio.
TRAMA ENVOLVENTE
‘O Escolhido’ conta a história de três médicos enviados a um vilarejo do Pantanal, chamado Águazul, para vacinar os moradores da região contra uma nova mutação de um vírus da Zika. O que eles não esperavam é que a população recusaria o tratamento e os médicos acabariam presos em uma comunidade isolada e devota de um líder.
“Com a chegada dos médicos, rompe-se a barreira de proteção que existe. Você coloca toda aquela população que acredita que Águazul é o mundo em contato com o mundo externo e isso pode ser o fim daquela comunidade”, relata Mariano Martins, que interpreta o personagem Matheus, responsável pela proteção da comunidade.
“Tenho a sensação de que, na série, o estranhamento vai surgindo na medida em que vamos conhecendo o funcionamento dessa comunidade isolada. Acredito que a atitude agressiva de Aguazul como grupo infelizmente não é distante do nosso cotidiano e que o obscurantismo e a violência que a definem aparecem também como assombrações pra nós”, declarou Renan Tenca, com exclusividade à AnaMaria Digital.
Para quem gosta de uma bom suspense, saiba que o telespectador é convidado a assistir uma nova surpresa a todo momento, o que gera ansiedade para os próximos capítulos. O episódio inicial marca a revolta dos moradores com a presença dos médicos, com um clima tenso que se mantém até o final.
EMPODERAMENTO FEMININO
Paloma Bernardi dá vida a Lucia, líder dos médicos Damião (Pedro Caetano) e Enzo (Gutto Szuster). “Acho muito importante uma mulher estar liderando essa missão, colocando a sua profissão, a sua maturidade, a sua honestidade, mostrando que essa mulher existe”, diz a protagonista. “É uma forma de empoderamento feminino.”
A atriz aproveitou para falar sobre a saúde do país e como a personagem se preocupa com isso. “Nosso Brasil é tão carente em tantos segmentos, principalmente na questão da saúde. Então ela quer levar isso para esses pequenos vilarejos onde não tem acesso a medicina”, revela.
Entrevista por AnaMaria Digital, Paloma Bernardi falou sobre as semelhanças entre ela e Lúcia. “Acredito que nós duas somos muito determinadas quando se trata de realizar o que amamos fazer, nos doamos ao máximo por nosso ofício. No caso da Lúcia é a medicina, e no meu é a arte”.
FÉ x MEDICINA
Os moradores do vilarejo não adoecem e, quando ocorre algum acidente, eles são facilmente curados pelas mãos do Escolhido (Renan Tenca), líder religioso. Por conta disso, não acreditam na medicina e frases como “Medicina traz morte” estão pichados nos muros da comunidade.
“A ideia do escolhido não é de submissão e sim de devoção, o escolhido determina a vida da pessoa. É ele que escolhe com quem a pessoa vai se casar, por exemplo, e a comunidade simplesmente aceita”, relata Tuna Dwek, atriz que dá vida a Zulmira, a mais fiel dos seguidores do líder.
Os seis episódios já estão disponíveis na Netflix e, segundo os roteiristas, Raphael Draccon e Carolina Munhóz, a segunda temporada depende do desempenho que a série terá com o público: “Estamos bem felizes de ver a reação até aqui, principalmente dos nossos leitores. Estamos na torcida pelo sucesso e continuidade da série”.
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