A atriz Camilla Camargo teve o pequeno Joaquim no final de julho. Mãe de primeira viagem, a filha do cantor Zezé Di Camargo dividiu com seus seguidores, no Instagram, que não está conseguindo controlar a quantidade de leite materno produzida.
“Toda troca de roupa está suja de leite, a roupa do bebê está suja de leite, o sofá está sujo de leite… Cheguei a encontrar pingos no chão de leite”, explicou. Será que isso é normal?
De acordo com Nathalie Moschetta, pediatra e neurologista infantil do Hospital América de Mauá (SP), não é preciso se preocupar com a situação, especialmente durante as primeiras semanas de vida da criança.
“É comum as roupas de mães e bebês ficarem molhadas, pois, neste período ele ainda não é capaz de sugar toda produção de leite. Com o passar dos dias, a demanda do recém-nascido aumenta e a produção se adequa a necessidade dele”, explica.
A dica da especialista é usar uma bomba de lactação pode aliviar estes sintomas e ajudar a reduzir a turgidez mamária, que é o acúmulo de leite nas mamas que causa dor, inchaço e desconforto para a mulher.
IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO
O aleitamento materno é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como exclusivo até os primeiros seis meses de vida da criança, pois contribui para a proteção contra algumas doenças.
“Ele apresenta anticorpos, principalmente o colostro, que protegem as crianças contra doenças infecciosas do trato respiratório e alergias”, ressalta a pediatra.
O tema carrega uma relevância tão grande que, entre os dias 1º e 7 de agosto, 120 países celebram a Semana Mundial da Amamentação. A campanha, conhecida como Agosto Dourado, remete ao mês dedicado a intensificar ações que promovam a amamentação.
“O objetivo da campanha é informar sobre os benefícios do leite materno, que está diretamente ligado a uma boa nutrição, bem como vincular a amamentação a uma agenda nutricional de segurança alimentar, alcançar pessoas e organizações que trabalham com questões relacionadas à propagação de informação sobre a amamentação e motivar as mães a amamentar com consciência sobre a importância nutricional do leite materno”, esclarece a médica.
QUANDO PARAR?
Nathalie reforça a diretriz da OMS, que indica o aleitamento materno até pelo menos os dois anos de idade.
No entanto, de acordo com a especialista, não existe problema em alimentar a criança desta forma após esta idade, pois o momento do desmame deve ser decidido entre mãe e bebê.
“Este processo deve ser natural, mas o leite materno não deve substituir os alimentos próprios para faixa etária da criança”, indica a pediatra.