O presidente Jair Bolsonaro anunciou a suspensão de um edital com séries de temas LGBT para TVs públicas. A informação foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (21).
O edital em questão havia selecionado produções para TV pública sobre diversidade de gênero e sexualidade. A portaria assinada por Osmar Terra, ministro da Cidadania, suspende o edital por 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 180.
A decisão de Bolsonaro não agradou a internet, que rapidamente fez duras críticas ao político.
O perfil oficial do partido PSOL no Twitter demonstrou insatisfação com o ocorrido. “Sabe quem tem orgulho de censurar expressões artísticas e a diversidade do país que governa? Ditadores. Por que tanto ódio da população LGBT, Bolsonaro?”.
Carlos, filho de Bolsonaro, saiu em defesa do pai. “Desde quando cool é arte? Vai trabalhar a parem de manipular inocentes em troca de voto!”, disse.
O autor Aguinaldo Silva foi um dos que se opuseram à decisão. O dramaturgo comparou a medida com a perseguição a LGBTs na década de 1970, quando o Brasil vivia um período de ditadura política.
“”Nós, gays e etc., teremos que nos esconder ou então correr da polícia de novo como acontecia na década de 70? É o que parece”, escreveu o autor ao compartilhar uma notícia que tratava da suspensão do edital.
Por outro lado, apoiadores de Bolsonaro também se manifestaram e elogiaram a atitude do político.
“Impressionante quanto lixo o dinheiro público no nosso país financiava!”, disse uma internauta.