O apresentador Geraldo Luis passou por uma cirurgia no coração, decorrência de arritmia cardíaca, na última segunda-feira (17). Ele segue internado no INCOR (Instituto do Coração), em São Paulo, onde fez o procedimento.
Na tarde desta última terça-feira (17), Geraldo usou suas redes sociais para tranquilizar os fãs, e garantiu que tudo ocorreu bem. Ele sofria de arritmia há três anos, e o quadro apresentou piora nos últimos meses.
Mas o que caracteriza a arritimia cardíaca? Ela é o nome dado para qualquer problema do ritmo cardíaco.
Segundo Rafael Luís Marchetti, cardiologista do Hospital INC (Instituto de Neurologia e Cardiologia de Curitiba), a arritimia pode ser chamada de taquiarritmia, quando os batimentos cardíacos estão acima de 100 bpm (batidas por minutos) em repouso, e de bradiarritmia, quando os batimentos estão abaixo de 50 bpm em repouso. Uma frequência normal varia de 60 a 100 bpm .
“Existem várias arritmias cardíacas, com as mais diversas manifestações clínicas. Apesar de boa parte das arritmias ter um comportamento benigno, não trazendo qualquer risco cardíaco iminente, existem várias arritmias cujo diagnóstico e tratamento deve ser feito de forma rápida e eficaz, pois trazem risco de complicações, inclusive de morte súbita”, explica.
SINTOMAS
Rafael destaca que os sintomas podem variar de acordo com o tipo de arritimia do paciente. As mais comuns são palpitações, caracterizadas por batedeiras e sensação de falha no peito.
“Também podem ocorrer tonturas, lipotímias (sensação de desmaio) e síncopes (perda da consciência). Como boa parte das arritmias estão associadas à outras condições cardíacas, as pessoas acometidas de arritmias podem apresentar dor no peito, falta de ar e cansaço”, completa.
TRATAMENTO
Na hora de tratar o problema, o especialista reafirma que tudo dependerá do tipo e se existe ou não doença cardíaca de base. De acordo com ele, às vezes não é necessário tratar.
“Alguns casos o tratamento pode envolver medicações antiarritmicas, uso de anticoagulantes ou até tratamento intervencionista em casos selecionados. Vai depender também da avaliação completa da função cardíaca”, conclui