Há seis meses, a cantora Thaeme Mariôto, que faz dupla com Thiago, deu à luz Liz, primeira filha da estrela com o marido, Fabio Elias.
À AnaMaria, ela fala com exclusividade sobre ter feito cesariana após longas horas tentando parto normal, a dificuldade para amamentar nos primeiros dias, a volta ao trabalho após pouco mais de um mês depois do nascimento – vem DVD novo por aí.
E, claro, cenas comuns de papais de primeira viagem: o esposo da artista já escovou os dentes com pomada de assadura.
COMO FOI O NASCIMENTO DA LIZ?
Foi o momento mais emocionante de toda a minha vida. O momento de maior presença de Deus que já pude viver, foi lindo demais.
É VERDADE QUE FORAM 39 HORAS EM TRABALHO DE PARTO?
Não foram 39 horas de trabalho de parto, foram 39 horas da hora em que rompeu a minha bolsa até a hora em que ganhei a Liz. Mas eu não entrei em trabalho de parto depois que rompeu a bolsa, aliás, demorei 24 horas para entrar em trabalho de parto naturalmente. Tentei induzir mas não consegui.
O QUE HOUVE?
Comecei a entrar em trabalho de parto, mas não de maneira natural, decidi não continuar induzindo e, logo depois, entrei realmente em trabalho de parto na madrugada, 24 horas depois. Porém, não foi da vontade de Deus… A gente tentou o tempo inteiro, monitorando a nenê, com a segurança de que estava tudo bem com ela, de que eu poderia continuar tentando, porém não tive dilatação suficiente.
E AÍ FEZ CESARIANA…
A própria equipe, quando decidi que queria ir para a cesariana, disse que poderia continuar tentando, não teria problema. Mas, como estava acordada há 39 horas, tentando e fazendo exercícios para estimular a dilatação, já estava exausta e com medo de a neném estar sofrendo, apesar de saber que ela estava monitorada, mas é aquela coisa da mãe angustiada. Tomei a decisão e todos respeitaram o meu momento. De qualquer maneira foi maravilhoso.
O QUE SENTIU QUANDO A PEGOU NO COLO PELA PRIMEIRA VEZ?
Um grande alívio por tudo ter dado certo e ela estar bem. Eu perguntava o tempo todo se ela estava bem. Eles diziam que sim, e pediam para eu ficar tranquila. Então, consegui relaxar tanto que praticamente apaguei na maca. Lembro de flashes. Estava tão exausta e com o emocional também… Imagine, depois de tantas horas… O alívio só não supera o sentimento de amor que tive na hora.
COMO FOI A PRIMEIRA NOITE DELA EM CASA?
Foi uma noite em claro, assim como as outras dos primeiros 15 dias. A gente dorme muito pouco. Como no hospital a criança perde um pouco de peso, chegamos em casa com a responsabilidade de dar aquela mamada controlada de, aproximadamente, duas em duas horas. Você fica uma hora amamentando e quando chega o momento da próxima mamada, você ainda não dormiu. E isso durante a madrugada. Por isso as mães ficam exaustas no início da maternidade. Com certeza, os primeiros 15 dias são os de maior desafio para as mães. Comigo não foi diferente. A primeira noite foi mágica, porque estava aprendendo a ser mãe. Porém, ao mesmo tempo, extremamente cansativa – o que é muito normal.
COM A LIZ, COMO ESTÁ A SUA NOVA ROTINA?
Deliciosa! Apesar de ter voltado a trabalhar com a dupla e nas campanhas que faço nas redes sociais, tudo é baseado nas necessidades da minha filha. Em qualquer trabalho, analiso se vou precisar levar a Liz, quantas horas ficarei fora… Se consigo fazer a gravação ou a reunião em casa, faço.
E AMAMENTAR?
Muitas mulheres sofrem por falta de leite ou dificuldade de o bebê mamar no peito… Amamentar é a melhor coisa do mundo. É uma conexão incrível entre mãe e filho, parece mágico mesmo. Mas, às vezes, no início tem alguma dificuldade. Eu tive e poderia ter desanimado – mas nem julgo as mães que desistem, pois a dor é grande quando surge uma fissura. E as mães com menos leite passam por uma situação de estresse maior, diminuindo a produção… E aí a mamadeira entra em cena mais rapidamente, como foi meu caso.
O QUE HOUVE?
Precisar entrar com o complemento e tirar o meu próprio leite para dar na mamadeira. Isso fez com que, em uma fase, ela ficasse um pouco preguiçosa para pegar meu peito, pois sabia que a mamadeira era mais fácil. Mas estou tentando de todas as maneiras fazer com que ela continue no peito. Gostaria de amamentar até o sexto mês, ela está fazendo 4 [meses] agora. Estou perseverante, usando todos os artifícios para que ela continue. Na última semana, ela voltou a mamar bem no peito. É muito bom, embora seja complicado no começo para muitas mães. Porém, quando dá certo, é a melhor coisa do mundo.
ATÉ O MOMENTO, QUAL FOI A MAIOR DIFICULDADE EM RELAÇÃO À MATERNIDADE?
Sair de casa e deixar o bebê. Para mim, o dia mais difícil foi quando precisei fazer um show em Minas Gerais e não arrisquei levá-la porque não tinha tomado as vacinas ainda. Então, fiz um bate e volta. Foi um período de 15 horas longe dela. Foi muito, muito difícil. Você não quer ficar longe do bebê de jeito nenhum. Para a maior parte das mães que voltam a trabalhar, essa é a maior dificuldade mesmo.
E O QUE ACHOU QUE SERIA DIFÍCIL, MAS NA PRÁTICA SE MOSTROU MAIS FÁCIL DO QUE IMAGINAVA?
Achei que seria bem difícil levar a Liz aos shows. Considerava uma missão impossível, mas tem sido fácil porque tenho pessoas maravilhosas que me ajudam. A minha sogra me acompanha e facilitou demais a minha volta ao trabalho deixar minha filha com ela. Confio muito na minha sogra e na minha mãe. Posso ir trabalhar tranquilamente, com paz no meu coração, fazer show, pois sei que minha filha estará me esperando no hotel com a vovozinha.
QUEM MAIS AJUDA VOCÊ NOS CUIDADOS COM A LIZ?
Quando ela fez 3 meses, contratamos uma babá que é enfermeira, trabalhou muitos anos com as crianças da minha comadre. Ou seja, alguém de extrema confiança. A minha mãe me ajudou muito no início, ficou 45 dias em casa. E a Barbara é a babá que, durante a semana, nos auxilia.
VOCÊ VOLTOU AOS PALCOS COM POUCO MAIS DE UM MÊS APÓS O NASCIMENTO DA BEBÊ. COMO FOI ESSA RETOMADA DOS SHOWS?
No primeiro final de semana, realizei shows próximos a São Paulo. Foi tranquilo porque consegui fazer bate e volta e foi bom retornar. Estava com saudade do palco. É muito bom estar em casa com a Liz, mas também é muito bom estar no palco, ao lado dos fãs, fazendo o que amo. Como estava havia nove meses fazendo show grávida, o que estava demandando um cuidado maior, quando fiz o show sem o cuidado com a barriga, podendo dançar, foi um alívio, uma liberdade! É ótimo não ter que me preocupar com a barriga, poder dançar e me entregar de verdade, sem a preocupação de cair, desequilibrar. Foi uma delícia!
O QUE VOCÊ JÁ PODE SENTIR DA PERSONALIDADE DA LIZ?
Ah, ela é boazinha, muito tranquila, muito mesmo. Ela dorme oito horas seguidas, eu não posso reclamar. Já dá para perceber que ela será uma mulher de muita personalidade, forte, como uma boa ariana. Ela é muito amorosa, mas ao mesmo tempo é geniosa. Uma gracinha!
O QUE MUDOU EM VOCÊ APÓS PEGAR SUA FILHA NOS BRAÇOS?
A primeira coisa que a gente pensa é “preciso ser a mudança que eu quero ver no mundo”. Quero um mundo melhor? Então, preciso pensar no que posso melhorar, porque agora sou um espelho para uma criança. Outra coisa que mudou imediatamente: a vaidade. A gente acaba deixando isso de lado e precisa tomar cuidado para não deixar muito… Antes, não ficava sem salto de jeito nenhum. Hoje, só coloco salto para ir a um programa de TV, um jantar… Só! Nunca que fazia isso, eu amava.
QUE SITUAÇÕES ENGRAÇADAS OS PAPAIS DE PRIMEIRA VIAGEM JÁ ENFRENTARAM?
A mais engraçada de todas foi quando estourou a minha bolsa. Fui para o banheiro tirar uma foto para mostrar ao médico como estava o líquido. Meu marido correu escovar os dentes e perguntou: “Nossa, que pasta ruim é essa?”. Ele estava escovando o dente com creme de assadura de bebê! Devo ter acordado o prédio inteiro de tanto rir. Acho que passou a sair mais líquido ainda da minha bolsa que tinha rompido. De tanto que eu ria, forcei. E ele não conseguia tirar a pomada da boca, pois grudou no dente.
MAIS ALGUMA HISTÓRIA CÔMICA?
Uma vez ele foi trocar a Liz e abaixou para ver se estava tudo limpo. Ela fez xixi no rosto dele, bem na boca [risos].
O QUE A SUA MÃE DIZIA SOBRE MATERNIDADE QUE VOCÊ CONSTATOU SER VERDADE?
A minha mãe nunca falou algo como: “Você vai ver depois que tiver filho”. Nunca precisou. Mas o cuidado que ela sempre teve com a gente, de abdicar de tudo em prol das filhas, de acordar de madrugada, preparar o nosso café da manhã, levar a gente para o ponto do ônibus… Com isso, hoje, constatei que a gente faz tudo pelos nossos filhos. Dá a própria vida por eles. Agora entendo o tamanho desse amor. Eles são a razão de tudo que a gente faz, o ar que respiramos, o que nos move. Depois da Liz, entendo a força que a minha mãe teve e tem até hoje, compreendo esse amor.
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