Recentemente, o acidente no Park Tupã em Porto Alegre envolvendo duas adolescentes reacendeu o debate sobre acidentes em parques de diversão. A queda de uma das travas de segurança em um brinquedo, que gira de cabeça para baixo, causou ferimentos graves em uma jovem de 17 anos, que precisou passar por uma cirurgia nas vértebras e nas pernas. A outra vítima já foi liberada do hospital.
O incidente chocou os frequentadores e resultou na investigação da 2ª Delegacia de Polícia, que já ouviu depoimentos do operador do brinquedo, de uma das vítimas e de um dos responsáveis pelo parque. As causas ainda estão sendo apuradas, com o apoio do Instituto-Geral de Perícias. Até o momento, o parque afirmou que o equipamento havia passado por manutenção e estava funcionando adequadamente, mas suspendeu o uso do brinquedo até obter uma explicação definitiva sobre o ocorrido.
Acidentes em parques de diversão e o cuidado com a segurança
O caso no Park Tupã em Porto Alegre não é o único relacionado a falhas em brinquedos. Há cerca de 15 dias, um vídeo gravado no mesmo parque mostrou outra situação de risco, em que a trava de segurança de um brinquedo abriu enquanto uma jovem estava pendurada de cabeça para baixo. Felizmente, o operador desligou o equipamento a tempo, evitando uma nova tragédia.
Esse tipo de ocorrência levanta questionamentos sobre os procedimentos de segurança em parques e a necessidade de vigilância por parte dos frequentadores.
Como se prevenir contra acidentes em parques de diversão
É natural que pais e responsáveis fiquem preocupados com esses incidentes, mas é possível tomar precauções para minimizar os riscos. AnaMaria lista quais aspectos devem ser observados antes de usar um brinquedo:
Observe atentamente as condições gerais do brinquedo: fios expostos, ferrugem e falta de pintura são sinais de falta de manutenção, e podem indicar que o equipamento não está em boas condições. Se algo parecer fora do lugar, é melhor evitar o brinquedo e reportar o problema aos operadores.
Verifique se os brinquedos estão cercados: todos os brinquedos devem ser cercados para garantir que crianças não entrem no aparelho enquanto ele está em movimento.
Atenção às placas de restrição: outro cuidado importante é verificar as informações nas placas de restrição, que devem indicar altura e peso adequados para cada equipamento, além de problemas de saúde que podem impedir o uso. Nunca deixe que seu filho entre em um brinquedo que ultrapasse essas recomendações.
Fique de olho no comportamento dos operadores: os profissionais devem garantir que todas as travas e cintos estejam corretamente ajustados antes do início da brincadeira. Se o operador liberar o brinquedo sem realizar as verificações necessárias, desconfie. A segurança não pode ser negligenciada, e seguir esses protocolos básicos pode evitar acidentes graves.
Regras e regulamentações para parques de diversão
Em 2011, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabeleceu normas específicas para parques de diversão, tanto os fixos, como o Park Tupã em Porto Alegre, quanto os itinerantes. Essas diretrizes incluem desde requisitos para o projeto dos brinquedos até a manutenção e operação, com o objetivo de garantir que todos os parques ofereçam uma experiência segura aos frequentadores. Além disso, a Lei nº 14.517 exige que os parques exibam placas informativas em seus brinquedos, detalhando as condições para o uso seguro.
Essas regulamentações existem para proteger os visitantes, mas a responsabilidade de seguir essas orientações também recai sobre os operadores e frequentadores. A manutenção preventiva dos brinquedos é essencial para evitar acidentes em parques de diversão, e cabe aos gestores dos parques garantir que todos os equipamentos sejam inspecionados regularmente.
Por fim, não há como prever todos os acidentes, mas tomando essas precauções, é possível minimizar os riscos e garantir momentos de diversão com mais segurança para toda a família.
Leia também:
Acidentes domésticos: o que são e como prevenir
Deixe as crianças seguras dentro de casa com dicas de especialistas
