O vídeo da jornalista Jessica Senra, onde faz um desabado sobre a possível contratação do goleiro Bruno, chegou até Juliana Paes. Em suas redes sociais, a atriz concordou, na última sexta-feira (10), com o posicionamento da jornalista e aproveitou para iniciar a hashtag “Meu Ídolo Não É Feminicida”.
“Nessa segunda-feira, Jessica Senra me surpreendeu e me comoveu com a sua coragem, ousadia e inteligência ao defender seu posicionamento contra um clube de futebol que desejava contratar o goleiro Bruno, condenado por um crime bárbaro de assassinato à mãe de seu filho”, começou a atriz.
“Eu como mulher, e defensora da causa da violência contra a mulher, queria dizer que estou muito orgulhosa de você. E queria convidar todos meus seguidores, pessoas e marcas, a verem o vídeo completo do seu discurso e compartilharem uma foto nos seus perfis com a hastag #meuídolonãoéfeminicida para que mais pessoas vejam dessa história”, finalizou a artista.
Como forma de agradecimento, Jessica comentou a publicação da intérprete de Maria da Paz: “Muito obrigada! Também tenho orgulho de você e de todas as mulheres (e homens) que lutam pelo nosso respeito! ‘Tamo’ juntas”, escreveu a profissional.
ENTENDA
Jessica Senra, jornalista da afiliada da Rede Globo na Bahia, decidiu se posicionar a respeito da possível contratação do goleiro Bruno, que foi condenado em 2010 por ter assassinado Eliza Samudio, mãe de seu filho.
“Um condenado pode e deve ser ressocializado. Deve merecer uma segunda chance. Mas penso que, depois de um crime tão perverso, voltar a ser ídolo, a estar numa posição que lhe confere status de ídolo, é bastante questionável. Penso que o feminicida deve voltar ao trabalho, mas não no futebol, não como ídolo. Defendo sua ressocialização, mas longe de qualquer torcida”, falou.
“Lembro que há pouco mais de dois anos, jogadores foram flagrados num vídeo masturbando uns aos outros no vestiário de um clube gaúcho. Os quatro jogadores foram dispensados. Seus nomes, inclusive, foram poupados para evitar que eles fossem banidos do futebol. E é bom que fique bem claro: eles não cometeram crime algum, não fizeram nada contra a vontade de ninguém! Mas, absurdamente, a homossexualidade ainda é intolerável no futebol. Ser feminicida é aceitável? O que você pensa disso?”, declarou.