O novo coronavírus chegou ao Brasil e com ele diversas informações que circulam em redes sociais e grupos de WhatsApp sobre a doença.
Mas será que todas elas são verdadeiras? Por ser desconhecida dos cientistas até o momento, a Covid-19 acabou gerando muitas fake news. Em tempos de alta transmissão do vírus, é importante entender o que é mito e o que é verdade neste casos.
Pensando nisso, AnaMaria Digital reuniu dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde para esclarecer as mentiras e te ajudar a entender a Covid-19, ensinando ainda maneiras de preveni-la.
BEBIDAS QUENTES MATAM O VÍRUS?
MITO. A temperatura do corpo humano é de pelo menos 36°C. Assim, beber água a uma temperatura de 26 a 27 °C não traz benefício algum em relação à prevenção ou eliminação do Coronavírus (COVID-19), uma vez que o vírus tolera temperaturas de pelo menos 36°C no corpo humano.
Além disso, ressaltamos que até o momento não existe nenhum medicamento, chá, substância, óleo, vitamina, alimento ou vacina que possa prevenir a contaminação.
O CORONAVÍRUS SOFRE MUTAÇÕES?
VERDADE. A ocorrência de mutações em vírus já é esperada, o que não significa necessariamente que essas modificações irão gerar mudanças no comportamento dele. O número de mutações ocorre de maneira relativamente estável, sempre sendo analisadas pelos cientistas.
E é a partir desses estudos que é possível dizer de onde o vírus veio e há quanto tempo ele está em circulação em uma determinada população.
CORONAVÍRUS VEIO DOS ANIMAIS?
MITO. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe nenhuma comprovação científica de que o novo coronavírus veio dos animais. Isso porque as investigações sobre as formas de sua transmissão ainda estão em andamento.
No entanto, um estudo publicado na renomada revista Lancet fez uma descrição de 10 sequências genéticas do novo coronavírus demonstrando apenas uma similaridade com o vírus SARs (COV), que tem o morcego como hospedeiro original e como hospedeiro intermediário animais do mercado de Wuhan, na China, onde tudo começou.
Mas fora isso, não existe nenhuma comprovação científica de que “sopa de morcego” tenha sido a responsável pela disseminação do novo coronavírus.
CORONAVÍRUS FOI CRIADO EM LABORATÓRIO?
MITO. Uma publicação da renomada revista Nature Medicine descartou as teses de que o coronavírus teria sido construído em laboratório.
De acordo com pesquisadores dos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido a doença surgiu a partir de processos naturais, resultado de seleção natural, uma vez que é diferente dos outros vírus da mesma família.
CURA DO CORONAVÍRUS
MITO. Infelizmente, ainda não existe. Alguns países, como o Estados Unidos, já avançaram em pesquisas de medicamentos e até mesmo vacinas. Mas vale destacar que nenhum deles foi disponibilizado ainda.
O CORONAVÍRUS E A SEMELHANÇA AO HIV?
MITO. Não há nenhum registro científico que indique inserções semelhantes ao vírus HIV no novo coronavírus, e muito menos que o vírus foi criado em laboratório.
COVID-19 CAUSA PNEUMONIA IMEDIATA?
MITO. Os principais sintomas do novo coronavírus são: febre, tosse seca (sem coriza) e dificuldade para respirar, semelhantes a um resfriado. Como consequência pode, também, causar infecções no sistema respiratório, como as pneumonias.
PRODUTOS VINDOS DA CHINA PODEM TER CORONAVÍRUS?
MITO. Não existe nenhuma evidência científica de que produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus. Isso porque os vírus geralmente não sobrevivem mais de 24 horas fora do corpo de outros seres vivos, e o tempo de tráfego destes produtos costuma ser de muitos dias.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, tem monitorado diariamente os portos, aeroportos e fronteiras e emitido alertas sonoros de conscientização para os passageiros.
NÃO PODE USO DE IBUPROFENO NO TRATAMENTO DOS SINTOMAS?
VERDADE. A Organização Mundial da Saúde (OMS) até voltou atrás na quinta-feira (19) e retirou a restrição do uso de medicamentos à base de ibuprofeno no tratamento contra a Covid-19 sob o argumento de que não há conhecimento de efeitos negativos da substância.
Apesar disso, o Ministério da Saúde recomenda que outros medicamentos sejam usados contra o coronavírus e afirma que, por precaução, seja feita a substituição do ibuprofeno por outros analgésicos, desde que sob a orientação de um profissional da saúde.