Marcão do Povo, apresentador do ‘Primeiro Impacto’, do SBT, gerou revolta nos telespectadores, na manhã desta quarta-feira (8), ao sugerir que as vítimas do novo coronavírus fossem tratadas em um “campo de concentração”.
O apresentador comentava sobre as recentes notícias envolvendo a pandemia do coronavírus e mostrou sua opinião a respeito das medidas protetivas que diversos países vêm tomando para conter a propagação do vírus.
“Não seria interessante também, presidente, montar um local… O exército, a marinha, a aeronáutica, montar um local onde todas as pessoas que tivessem os sintomas, que tivessem o coronavírus, fossem levadas para esse local e bem tratadas e bem cuidadas, em vez de espalhar da maneira que está sendo aí, em todos os lugares? Montando um gasto excessivo, as cidades paradas. Não seria interessante um local só para cuidar dessas pessoas?”, iniciou ele.
Em seguida, ele ressaltou seu posicionamento. “Não seria interessante pegar o exército, a aeronáutica, a marinha e montar um campo de concentração, de cuidados, com os equipamentos mais sofisticados, com os melhores profissionais e colocar essas pessoas com problemas, com sintomas?”, questionou.
Marcão explicou que esta seria uma solução em relação à economia. “Acaba com esse negócio de ter que espalhar dinheiro para os estados. Tem estado que não teve nada, um caso lá, e nem sequer foi comprovado e o estado decretou calamidade. Tocantins teve um caso, não teve uma morte. O estado tem necessidade de decretar calamidade? É despesa para o cidadão.”
Vale lembrar que os campos de concentração remetem ao Holocausto, que aconteceu na Segunda Guerra Mundial, em meados da década de 1940 e matou entre 5 e 6 milhões de pessoas.
REAÇÕES
Nas redes sociais, os internautas se revoltaram com a postura do apresentador e o criticaram. O termo “campo de concentração” já é o terceiro tópico mais comentado no Twitter.
“Deprimente uma emissora de televisão permitir que um “jornalista” fale, ao vivo, sobre sobre campo de concentração para os infectados por coronavírus. Irresponsabilidade travestida de jornalismo”, disse uma internauta.
“Defender CAMPO DE CONCENTRAÇÃO é algo profundamente discriminatório. Trata-se de institucionalizar os contaminados como párias, com ignorância semelhante à que moveu nazistas contra judeus”, comentou outra.