Quem não ama um bom pudim depois de um almoço com a família? É aquele momento para fechar com chave de ouro.
Essa é uma receita simples, mas que requer alguns cuidados para que a sua execução seja perfeita. Quer saber como fazer?
Ana Maria Digital conversou com o chef Diego Sollon, do Só Pudim (@sopudimoficial), e separamos dicas imperdíveis para você.
DE ONDE VEIO O PUDIM?
O pudim é uma clássica sobremesa portuguesa que surgiu nos conventos de Portugal no século 16. Quando fomos colonizados, aprendemos a fazer essa receita apenas com ovos e leite, totalmente diferente da atual. Somente após o surgimento do leite condensado que ele ficou conhecido como é hoje, sendo feito basicamente de leite, leite condensado, ovos e açúcar para o caramelo.
O QUE FAZER PARA NÃO TER FURINHOS? É SÓ PENEIRAR?
Há fatores que vão além de apenas peneirar a mistura antes de cozinhar. Devemos levar em consideração a temperatura do forno em que o pudim será assado. A principal maneira de conseguir uma textura lisinha no seu pudim é cozinhando ele em baixa temperatura e de forma lenta.
QUAL A TEMPERATURA CERTA PARA O FORNO E OS INGREDIENTES?
A melhor temperatura para cozinhar um pudim em forno caseiro é mínima, ou seja, 180 ºC. Todos os ingredientes devem estar em temperatura ambiente na hora de colocar a mão na massa. Lembrando de usar insumos de qualidade para que o resultado final seja uma produto de qualidade também.
COMO FAZER PARA A CALDA NÃO FICAR COM GOSTO DE QUEIMADO?
Este é o processo que vai dizer se o seu pudim está gostoso ou não. Ao fazer uma calda, temos que ter o máximo de atenção e se certificar que o aquecimento do açúcar será entre 155 a 190 ºC. Caso não tenha termômetro, basta verificar a cor do seu caramelo. Quanto mais escuro, mais amargo será o resultado final.
É MELHOR BATER NO LIQUIDIFICADOR OU NA MÃO?
Quanto menos aeração você proporcionar a massa do seu pudim, melhor. Batendo manualmente, você tem mais chances de obter um resultado lisinho e deixando sua base brilhosa e homogênea.
NA HORA DO FORNO: É COM TAMPA OU SEM? FAZ EM BANHO MARIA?
O uso do papel alumínio ou tampa na hora de cozinhar tem como principal função impedir que uma crosta seja criada na base do seu pudim. Já o uso da técnica de assar em banho-maria se dá ao fato de querermos alcançar uma textura cremosa, tendo em vista que usamos gemas na preparação, e esse ingrediente tende a coagular facilmente mediante a um choque térmico brusco, deixando o pudim com aspecto de “talhado”.
DICAS PRECIOSAS
- Usar ingredientes frescos e em temperatura ambiente;
- Não despejar a massa do pudim em cima do calda ainda quente;
- Misturar manualmente todos os ingredientes;
- Coar as gemas antes de adicionar à mistura. Ao fazer isso, filtramos a “pele” da gema e assim evitamos o “cheiro de ovo”;
- Despejar a massa pelo cone da forma para evitar que a mesma se misture com a calda;
- Assar em banho-maria em baixa temperatura;
- Não colocar água quente para o banho-maria;
- Nunca desenformar o pudim quente.
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