João, filho de Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato do casal Richthofen em 2002 ao lado do irmão, Daniel, e da cunhada, Suzane, quer a anulação da paternidade para não ter mais vínculos com o presidiário. As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL, publicadas nesta quarta-feira (7).
A reportagem teve acesso aos documentos judiciais no qual o jovem de 21 anos diz sofrer constrangimento e ser “fulminado por olhares desconfiados” toda vez que apresenta sua carteira de identidade.
À Justiça, João disse que “tem vergonha” de ser filho de Cristian. Além de retirar o nome do pai de todos os seus documentos, ele também deseja acabar quaisquer deveres jurídicos do relacionamento entre pai e filho. Assim, abriria mão de herança ou pensão, por exemplo.
Ainda no processo, o herdeiro afirma que nunca teve “amparo afetivo e material” de Cristian. Antes do crime, os dois tiveram contato por quatro meses após seu nascimento, no dia de seu aniversário, e durante cinco meses entre os anos de 2000 e 2001 – quando o ex-casal tentou viver em família.
Em 2010, na última vez que se encontraram, João visitou o pai no presídio de Tremembé (SP).
NAS TELONAS
O caso Richthofen foi transformado em dois filmes com visões diferentes do crime: um deles narra os acontecimentos pelo olhar de Suzane, a filha do casal assassinado, e a outra pelo seu namorado, Daniel.
Intitulados ‘A Menina Que Matou Os Pais’ e ‘O Menino Que Matou Meus Pais’, os longas foram marcados para estrear em março no cinema nacional, mas a data foi adiada por conta da pandemia de coronavírus. Carla Diaz e Leonardo Bittencourt dão vida ao casal criminoso.