O governo de São Paulo divulgou o plano estadual de vacinação contra o novo coronavírus na tarde desta segunda-feira (7). A Coronavac, utilizada na China, Indonésia e Turquia, será aplicada a partir de 25 de janeiro em profissionais da saúde, pessoas com mais de 60 anos e grupos de risco como indígenas e quilombolas.
João Doria, governador do Estado, explicou que a escolha levou em conta a incidência de óbitos do novo coronavírus na região. As doses serão gratuitas para todos no sistema de saúde público. Caso hospitais privados queiram participar, está vetada a priorização de clientes conveniados. Além disso, o Instituto Butantã irá fabricar a vacina, e caberá à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a liberação.
O governo ainda vai disponibilizar 4 milhões de doses para outros estados do Brasil que solicitarem. Representantes do Rio de Janeiro já sinalizaram que pretendem iniciar a vacinação antes de março.
A Secretaria da Saúde, em parceria com as prefeituras, vai atuar em 10 mil postos de vacinação. Farmácias, quartéis da polícia, escolas, terminais de metrô, trem e ônibus e sistema de drive-thru estarão disponíveis.
“A campanha contará com grande estrutura logística e de segurança pública. Serão 4 mil profissionais de saúde e 20 mil agentes de segurança em todo o estado”, disse Doria, que acrescentou: “A união de todos deve se sobrepor à guerra ideológica. Na luta pela vida, não há espaço para o negacionismo. Somos o mesmo povo, o mesmo país”.
ESTRATÉGICO
A antecipação da vacina, segundo o governo, é uma questão logística. Caso a primeira fase começasse em março, coincidiria com a campanha nacional da gripe. O governo disse que isso “não é bom”.
Ao todo, serão 9 milhões de pessoas vacinadas na primeira fase. O cronograma prevê a campanha de 25 de janeiro a 20 de março do ano que vem. Serão duas doses por pessoa, e o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 21 dias.
(Fotos:Reprodução/Governo do Estado de São Paulo)