Apesar de ser uma necessidade eminente do ponto de vista do tutor, para o animal, muitas vezes, o banho é algo desnecessário. Quando damos banho nele, eliminamos uma barreira de proteção importante para manter a saúde da pele.
Fora que, se o cão não foi bem apresentado aos primeiros banhos da vida dele, provavelmente, terá reação de medo e desconforto. Esse estresse constante pode favorecer à queda na imunidade e predispor o pet a doenças. Veja com o veterinário a frequência correta e necessária.
Há alternativas que podem retardar a necessidade do banho, como o uso de xampu a seco. Avaliada a real necessidade, existem opções para minimizar o estresse. O melhor cenário seria realizar banhos “gentis”, procurando associar o momento a algo que o animal gosta.
Petiscos úmidos são uma boa alternativa. Passe um pouco de pasta de amendoim integral (o produto deve conter como único ingrediente o próprio amendoim torrado e o selo ABICAB) em uma superfície que você consiga acoplar na parede e na altura do bichinho.
Assim, ele ficará sob as quatro patas dando umas lambidinhas enquanto você dá o banho. Recorra também aos petiscos em sachês. O secador costuma ser a pior parte do banho. Avalie a necessidade do uso. Se o cão não tem pelo longo e for um dia de sol, é melhor deixá-lo se secar sozinho.
Caso contrário, também associe o momento a algo gostoso. Entenda que tanto o banho quanto o secador podem ser dessensibilizados antes do banho acontecer de verdade. Se você tem um filhote que ainda não passou por isso, essa é a melhor forma de prevenir o trauma.
Comece apresentando o barulho da água e do secador aos poucos, sempre associando com um petisco. À medida que você aproxima o estímulo do cão, intensifique as recompensas. Se perceber que o animal logo se afasta, significa que você precisa ir mais devagar no treino. Vá no tempo dele e logo o momento se tornará algo gostoso e divertido.
MARCELA BARBIERI BORO Zootecnista, médica veterinária e adestradora.