Fernanda Lima foi convidada a participar de uma conversa para o canal de Astrid Fontenelle, divulgado no Youtube na noite de segunda-feira (21). No bate-papo, a apresentadora contou como enfrentou o luto da morte do pai, Cleomar Lima, vítima de complicações da Covid-19 em julho.
Para começar, a atriz disse que a conexão com a natureza foi essencial para a ajudar durante esse momento doloroso.
“No dia 18 de março, quando começou a história de se recolher, a gente pegou o carro de São Paulo e foi para o Rio. Ficamos lá quatro meses direto, sem sair, somente nós. Óbvio que minha relação com a família já é muito grudada. Estamos sempre juntos. Mas a minha relação com a natureza, de uma maneira geral, foi muito, muito intensa”, contou.
Fernanda falou que o processo foi doloroso e que chegou a andar sozinha “no meio do mato” para chorar e gritar.
“Todo mundo sabe que perdi meu pai. Foi um processo bastante doloroso. Durante esses quatro meses, durante toda essa tortura que a gente passou, andava todo dia no meio do mato sozinha e gritava, de verdade. Eu berrava. Para todos os recursos que eu pudesse ter. E também para ele. E eu chorava, mas eu chorava um choro primitivo. Aquele choro que você só consegue chorar sozinha”, completou.
“Óbvio que o Rodrigo [Hilbert, seu marido] me deu muito colo. Minha família foi muito importante. Mas você chora e uma hora tu para. Porque tipo: ‘Ah, não vou ficar aqui chorando na frente de todo mundo’. Dava uma vergonha chorar. Foi muito importante para mim, essa coisa de estar perto da natureza, porque na natureza eu me libertei, libertei minha dor, libertei meu grito visceral”, concluiu.
MORTE
No dia 18 de julho, Fernanda Lima anunciou que seu pai, Cleomar Lima, faleceu aos 84 anos. A apresentadora fez uma longa homenagem ao patriarca nas redes sociais. Segundo ela, o advogado estava internado lutando contra o coronavírus e não resistiu às complicações da condição.
“Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo. A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também”, escreveu na época.