“Quero ser independente, morar sozinha… Mas, como me planejar e me organizar para isso?” S. R., por e-mail.
A maioria de nós já sonhou, em algum momento, ser financeiramente independente, morar sozinha e alçar os próprios voos. Mas, apesar de parecer algo inalcançável, essa é uma realidade que pode não estar tão longe assim. No entanto, trata-se de um passo que implica em uma série de outras decisões.
A principal delas é organizar as finanças com inteligência e assertividade para não passar sufoco lá na frente. Organizar-se é imprescindível e a dica nessa primeira etapa é olhar para todas as suas dívidas e repensá-las. Nessa nova etapa, caberá apenas a você o pagamento das contas e, por isso, de nada vai ajudar já iniciar esse processo com um monte de dívidas, né?
Analise as finanças, os débitos em aberto e faça um esforço para quitar as pendências o quanto antes, priorizando aquelas que são mais caras, ou seja, que têm juros maiores. Faça um orçamento detalhado com todos os gastos atuais e provisione o que será necessário para concretizar a mudança, seja de casa, de apartamento etc.
Coloque no papel todas as despesas com a mudança, a compra de novos itens domésticos (móveis, eletrodomésticos) e inclua até as pequenas despesas do dia a dia, como, por exemplo, os cafés e refeições que você costuma fazer fora de casa.
Ter uma reserva de emergência também é fundamental não só nesse período de transição, mas para todos os outros. Porém, é preciso entender que dinheiro parado não rende e, atualmente, por conta das taxas de juros, no Brasil, a poupança não é o melhor local para alocar esse recurso.
Esse dinheiro precisa estar à mão para eventualidades e o melhor é escolher alguma aplicação que priorize a liquidez diária e possa ser sacado com facilidade, mas que tenha uma rentabilidade mais atrativa. Boa sorte!
LUCIANA IKEDO (@lucianaikedo) é assessora de investimentos com certificação CFP®, MBA Internacional pela FGV, com extensão na Ohio University (EUA) e em Finanças pelo Ibemec/Insper.