Desde que foi eliminada do ‘BBB21’ com o maior índice de rejeição da história do programa, Karol Conká tem enfrentado muitos desafios para se adaptar novamente ao “mundo real”.
Em entrevista ao programa ‘Saia Justa’, do GNT, que foi ao ar na noite desta quarta-feira (28), a cantora contou um pouco sobre o doloroso processo e marcas do programa que ainda encara. Apesar disso, ela está em uma nova fase de autoconhecimento e aceitação, recorrendo a terapias para se recuperar.
“Não é fácil lidar com a rejeição. Já havia encarado a rejeição quando era mais nova e, por isso, criei uma espécie de armadura para me defender. Quando entrei no BBB, acabei expondo uma camada, uma fragilidade, um comportamento muito feio”, desabafou.
A ex-sister, que teve uma passagem polêmica no reality show, revelou que foi difícil “cair na real” após a eliminação: “Assim que saí da casa, demorei muitos dias para ter noção de todas as minhas atitudes. Muitas coisas que fiz e falei me deixaram muito envergonhada”.
Ela também afirmou que, mesmo após todo esse tempo, as feridas do confinamento ainda a machucam: “É muito ruim a sensação de decepcionar milhões de pessoas, amigos, pessoas que admiro. Apesar de ter passado dois meses e muitas pessoas falarem que tudo isso já passou, para mim, não passou”.
“Estou em um momento de reflexão bem profunda”.
DOCUMENTÁRIO
Estrelando seu primeiro documentário ‘A Vida Depois do Tombo’, que estreia hoje (29) no Globoplay, Karol disse que se sente orgulhosa da produção, pois esse foi um processo de muito autoconhecimento.
“Fiquei muito nervosa quando comecei a me deparar no espelho, quando me vi. Foi um processo bem doloroso, acredito que até um pouco difícil para elas [produtoras do documentário], ter que passar por uma situação de gravar um documentário e estar de frente com uma pessoa que está sofrendo, sendo atacada e acusada de várias coisas aqui fora”, pontuou.
Ainda no bate-papo, a cantora revelou que foi preciso usar uma postura mais soberba nas gravações para não transparecer sua dor: “Já tinha essa noção do que tinha feito, dos meus erros, mas não tinha noção da proporção. Conforme os dias foram passando, fui tomando mais noção do que tinha acontecido e fui sofrendo muito”.
Caí numa tristeza tão profunda que só queria sumir”.
Karol desabafou também sobre a questão do autojulgamento que tem enfrentado no dia a dia: “Lidar com a rejeição é algo tão doloroso até mesmo para aquelas pessoas que se dizem fortes na música, como é o meu caso. Sempre cantei muito sobre outras camadas. Quando vi as cenas [do BBB], tive que lidar não só com a rejeição do público, mas com a minha rejeição comigo mesma, o que foi uma dor tão maior quanto lidar com a rejeição do público”.
“Quando notei, estava me cancelando também”, finalizou.