Paulo Vilhena abriu o jogo, em entrevista ao portal Extra, sobre um dos personagens mais desafiadores da sua carreira: Domingos Salvador, um pintor esquizofrênico, o qual deu vida na novela ‘Império’. Com a reexibição da trama, o ator afirmou que teve alguns gatilhos despertados e que guarda sequelas da entrega ao trabalho até hoje, 7 anos após as gravações.
“Por Salvador estar envolvido com artes plásticas, eu e os diretores fomos criando uma metalinguagem para contar essa história: posicionamentos de câmeras, olhares marcantes… A experiência foi tão forte, que lido com as sequelas dessa entrega até hoje”, começou.
Em especial, Paulo destaca as cenas de assassinato da namorada do personagem: “Essa gravação foi muito intensa. Teve até uma questão de não poder ir ao ar por completo porque a gente construiu, de fato, uma situação muito violenta, com requintes de crueldade. Salvador começa a ouvir as vozes que o impulsionam a assassinar a parceira com uma faca”.
A entrega foi tanta que os trejeitos de Salvador acompanharam o ator por um longo período após o fim das gravações e que voltam a aparecer até hoje. “Os movimentos repetitivos ficaram comigo durante um tempão. E, dependendo da situação em que estou, voltam com tudo. Se fico nervoso, me pego piscando bastante os olhos, como ele fazia”, contou.
Sobre a reexibição, Paulo Vilhena confessou: “É difícil para mim lidar com essas lembranças, me trazem uma memória física e psicológica bem dura”.