Os médicos responsáveis pelo tratamento de Paulo Gustavo cederam uma entrevista exclusiva ao ‘Fantástico’, exibida no último domingo (9). Na conversa, descreveram o estado de saúde nos últimos dias de vida do ator e negaram um boato que circula nas redes sociais: Paulo Gustavo, de 42 anos, não tinha comorbidades e era completamente saudável.
“Não [estava no grupo de risco]”. Não tinha nenhuma doença”, esclareceu o chefe da terapia intensiva, Fábio Miranda. Segundo os profissionais, a asma do ator estava controlada há muitos anos, era leve e não interferiu no quadro.
Os médicos salientaram a brutalidade da Covid-19 e a importância de manter os cuidados recomendados. Além disso, Fábio elogiou a postura do ator na luta contra a doença. “Em 40 anos de profissão, foi um dos pacientes mais simpáticos e educados que eu já cuidei”, disse.
LUTA CONTRA A COVID-19
A reportagem do ‘Fantástico’ apurou que Paulo Gustavo deu entrada no hospital em 13 de março, com 75% dos pulmões comprometidos. Antes disso, o ator estava monitorando a doença em sua casa com o auxílio de um oxímetro.
Em 53 dias de internação, a equipe médica recorreu a diversos tratamentos para reverter o quadro do ator, incluindo o uso de um “pulmão artificial”. Até que, no fim de semana antes de sua morte, ele teve “o melhor dia durante a internação”, quando interagiu com os familiares e demonstrou sinais de recuperação.
Apesar disso, as boas notícias não duraram muito, pois o quadro de Paulo Gustavo mudou radicalmente no penúltimo domingo (2). “Foi como se tivesse desligado um interruptor. Ele ficou pálido, a pressão arterial caiu, e ele parou de interagir. Isso aconteceu umas quatro vezes durante a tarde”, relatou o médico.
Foi então que o hospital divulgou as informações de que o quadro do humorista era irreversível, explicaram os profissionais. Paulo Gustavo faleceu às 21h12 da última terça-feira (4), deixando dois filhos, Gael e Romeu, e o marido Thales Bretas.