Palpitação, tontura, desmaio, falta de ar e dor no peito. Esses são cinco sintomas que podem indicar arritmia cardíaca, de acordo com o médico cardiologista Roberto Yano, que é especialista em marca-passo.
A má-notícia é que eles podem surgir em qualquer pessoa, sejam homens, mulheres, idosos, jovens e até em crianças. Se um ou mais desses sinais surgirem, um sinal de alerta deve ser ligado, sendo ideal logo procurar um especialista.
“O quadro exige avaliação médica, pois é fundamental que o coração bata na frequência cardíaca correta, com ritmicidade e de forma compassada”, afirma Yano. Ele reforça ainda que esses sintomas devem ser sempre investigados. “É necessário um diagnóstico preciso, por isso, a importância da consulta com um especialista”, frisa.
BATE CORAÇÃO!
O cardiologista observa que o simples fato de os batimentos do coração acelerarem não significa que a pessoa está apresentando arritmia. “Quando nos exercitamos, por exemplo, nosso coração bate mais rápido, ou seja, a frequência cardíaca sobe quando fazemos esforço ou quando estamos mais estressados, por exemplo. Isso é normal”.
Yano conta que “muitas pessoas apresentam arritmias ao realizar exames complementares, como o teste ergométrico ou o holter de 24 horas, daí a importância da realização de uma boa anamnese, um minucioso exame físico e se necessário a realização de exames complementares que ajudarão no diagnóstico e tratamento, se for o caso”.
O médico destaca que a arritmia pode ser benigna ou maligna. “É importante, sempre que o médico fala em arritmia cardíaca, que o paciente esteja ciente da gravidade do seu problema. Será que está arritmia que você tem pode te levar à morte? Não raro, vejo pacientes que relatam ter arritmia cardíaca, já tratam há anos, mas nem se quer sabem o nome da arritmia que possuem e muito menos se é grave ou não”, explica.
Na grande maioria das vezes, porém, ele diz que as arritmias são benignas e precisam apenas de acompanhamento médico, muitas vezes nem requer tratamento medicamentoso. “Já as arritmias malignas são mais graves e, nesses casos, pode ser necessário o uso de medicamentos de uso contínuo, ou até o implante de próteses, como a de um marca-passo, cardioversor desfibrilador implantável, ou até um ressincronizador”, resume.
QUAL É O MOTIVO?
De acordo com Yano, as diversas causas podem estar relacionadas, ou não, a problemas no coração, tais como: anemia, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo, história familiar, uso de drogas, doenças na tireoide, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, crises de ansiedade e estresse.
Mas reforça que os sintomas devem sempre ser investigados, independentemente da idade da pessoa. “Ao perceber a presença de qualquer um dos sinais mencionados, consultar o seu cardiologista é fundamental”, aconselha.