A endometriose continua sendo um sinal de alerta. Na última quarta-feira (1), a atriz Larissa Manoela, de 20 anos, revelou que foi diagnosticada com o problema, e revelou ter medo de não conseguir ser mãe no futuro. Aos seguidores, a famosa acendeu a importância de falar sobre a doença, e incentivou a web a sempre fazer exames de rotina para um diagnóstico precoce.
“Graças a Deus, eu descobri no início e peguei no estado inicial. É importante pegar no estado inicial, porque é uma doença inflamatória, autoimune. Você contra você mesmo, então é importante ter um suporte, um tratamento”, contou ela.
“Conviver com dor… [é ruim] e quem tem endometriose, ou acha que tem, sabe como é viver com isso”, comentou Larissa.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) informam que mais de 6 milhões de mulheres no Brasil, em idade reprodutiva, são diagnosticadas com a doença. De acordo com estudos divulgados pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG), a endometriose atinge 1 em cada 10 mulheres.
Segundo Fernando Prado, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, provavelmente, os números são ainda maiores. “Em muitos casos, o diagnóstico é falho e tardio. Para muitas mulheres, ela também pode ser uma doença silenciosa. Em todo mundo, infelizmente, ocorre um intervalo médio de aproximadamente sete anos desde os primeiros sintomas até o diagnóstico”, relata.
O especialista explica cinco fatos sobre a doença que toda mulher precisa saber. Confira!
SINTOMAS
Entre os principais sintomas da endometriose estão dor intensa na região pélvica, piora da dor durante o período menstrual, dor durante a relação sexual, sangramento menstrual intenso ou irregular, alterações intestinais durante a menstruação e dificuldade de engravidar.
CÁRATER EVOLUTIVO
A doença possui como uma de suas mais marcantes características um caráter evolutivo, ou seja, começa com lesões superficiais, facilmente tratáveis, e evolui até atingir quadros graves, como acontece na endometriose profunda intestinal ou quando atinge os ovários, tornando o tratamento bem mais complexo.
DIAGNÓSTICO
É essencial que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível. Apesar de muita gente acreditar que a doença não tem cura, quando tratada com medicamentos ou por laparoscopia, em que todas as lesões são removidas, pode-se dizer que a mulher está completamente curada.
TRATAMENTO ADEQUADO
Com o tratamento adequado, a doença dificilmente retorna. O que de fato pode acontecer é a recidiva mesmo após anos sem sintomas, quando a mulher estava realizando tratamento e interrompeu ou quando a paciente volta a ter o mesmo fluxo de menstruação de antes sem as medicações e tratamentos corretos.
INFERTILIDADE FEMININA
A endometriose é uma das principais causas da infertilidade feminina. Em média de 30% a 50% das pacientes são afetadas, mas isso não significa que não conseguirão engravidar. Dados da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia afirmam que 60% das mulheres com endometriose engravidarão, caso desejem. As 40% restantes deverão passar por tratamento, seja por videolaparoscopia ou técnicas de reprodução assistida como a fertilização in vitro.