William Bonner teve seu nome entre os assuntos mais comentados do Twitter, na última terça-feira (21), quando criticou o discurso de Jair Bolsonaro na ONU. Durante o Jornal Nacional, o âncora fez uma análise das declarações do ex-militar sobre kit anti-covid, corrupção e passaporte da vacina.
“O presidente do Brasil cumpriu hoje a tradição de fazer a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Mas, ao falar durante 12 minutos, diante de líderes de nações do mundo inteiro, foi como se o presidente Jair Bolsonaro estivesse se dirigindo exclusivamente à base mais fiel de apoiadores dele”, iniciou o apresentador.
“Bolsonaro atacou prefeitos e governadores que tomaram medidas de proteção da população na pandemia, semelhantes às defendidas por democracias no mundo inteiro. Omitiu investigações sobre suspeitas de corrupção na compra de vacinas. Mentiu sobre a dimensão das manifestações de sete de setembro. E, pra surpresa maior de quem ouvia, o presidente do Brasil voltou a defender o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19”, continuou o jornalista.
Rapidamente, quem acompanhava o noticiário usou as redes sociais para ovacionar o âncora. “Bonner não perdoou Bolsonaro e abriu o Jornal Nacional desmascarando o discurso mentiroso do despreparado na ONU”, disse um. “De verdade, eu acho que o Bonner não aguenta mais desmentir o PR!”, falou outro. “É tão gostoso ver o Bonner jantando o atual presidente”, comentou um terceiro.
Bonner não perdoou Bolsonaro e abriu o Jornal Nacional desmascarando o discurso mentiroso do miliciano na ONU. pic.twitter.com/89cxJQJUjw
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) September 22, 2021
No entanto, houve quem também saísse em defesa do chefe do poder Executivo. “William Bonner no Jornal Nacional em um discurso patético para sua bolha tenta desqualificar o discurso do Presidente Jair Bolsonaro. Quem outrora foi um jornalista agora amarga uma decadência digna de pena. Triste fim…”, disse um. “Repúdio ao cinismo do Bonner”, disse outra.
MAIS CRÍTICAS
Fátima Bernardes detonou o presidente Jair Bolsonaro após discurso do político, durante a abertura da Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira (21). A apresentadora assistiu tais declarações ao vivo, durante a exibição do programa ‘Encontro’ e comentou que se sentia envergonhada, uma vez que outros presidentes de nações estavam no local. Ela aproveitou para reforçar a importância das vacinas, também comprovadas que são eficazes contra a covid-19.
“[Tem que ter] vacina e consciência, não negacionismo. Muito difícil ouvir isso, dá vergonha ouvir isso diante de tantos líderes mundiais que estão lutando e, muitas vezes, não têm acesso à vacina porque são países pobres. Você ouvir de um presidente que é contra uma prefeitura exigir uma comprovação de vacinação para a segurança de todos, não podemos garantir a segurança daquele que não quer se vacinar, a gente tem que garantir a segurança de todos”, disse Fátima para a jornalista Michele Loretto, que trouxe a notícia ao programa.
A apresentadora também comentou sobre atrasos na vacinação em algumas regiões do Brasil, como por exemplo, no Rio de Janeiro. No último fim de semana, a prefeitura deixou de vacinar jovens entre 12 e 13 anos por falta de imunizantes da Pfizer que é, até o momento, o único que está liberado para essa faixa etária.
“Lamento muito que temos que falar disso quando deveríamos estar falando que tem lugar que não chegou vacina no Rio, de controlar a vacinação, convocação para segunda dose que não é feita. Muita coisa para fazer e não isso, mas vamos em frente, é o que temos”, lamentou.