O mês de outubro é conhecido como o mês de combate e prevenção ao câncer de mama, uma doença que terá 66.280 novos casos no período entre 2020 e 2022, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer. No entanto, os pets também precisam de atenção para esse tipo de tumor.
De acordo com a médica veterinária Fernanda Ciofetti, da Botupharma, é de extrema importância que a avaliação seja feita em cadelas e gatas. Para isso, os donos devem se atentar ao aumento das mamas do animal, no aparecimento de secreções anormais, sinais como calor e rubor, além de exames periódicos e palpação para um diagnóstico precoce. Tudo isso pode ser verificado enquanto o pet estiver em um momento de distração, para não causar susto. Dessa forma também irá acostumá-lo com a situação.
A maioria dos casos são diagnosticados em pets sem castração, entretanto, questões hormonais e envelhecimento também podem levar ao tumor. “O câncer de mama nos animais não apresenta sinais iniciais, portanto é importante a realização de exames de rotina para evitar que a doença se desenvolva em seu estágio mais avançado”, explica.
EXISTE OUTRA PREVENÇÃO?
Segundo a veterinária, o método mais eficaz de prevenção é castrar o animal. “Estudos apontam que castração, antes do primeiro cio, reduz à 0,05% as chances de uma cadela desenvolver um tumor mamário, o mesmo vale para gatas”, ressalta Fernanda. Mesmo assim, os casos precisam ser avaliados individualmente, além de cuidados com o pós-operatório.
O método, de fato, apresenta resultados, em cadelas castradas, pois 95% não desenvolvem a doença. Entre as gatas,a porcentagem varia de 40% a 60%. Entretanto, se o pet tiver a doença, é realizada uma cirurgia para retirada do tumor e da cadeia mamária para evitar o surgimento de novos tumores. Após o procedimento, são necessários alguns cuidados com o pós-operatório, entre eles, o uso de anti-inflamatórios, que podem ser encontrados no formato oral ou injetável.